domingo, 28 de setembro de 2008

Vandinho curte a fama de herói após fazer gol salvador para o Fla


As coisas não estavam nada boas para o Flamengo dentro de campo. O placar era favorável ao Sport, e a torcida, que foi em grande número ao Maracanã, já vaiava o time vendo o sonho de continuar na briga pelo título ficar ainda mais longe. A entrada de Vandinho na equipe, no decorrer do segundo tempo, foi decisiva para a virada rubro-negra. O atacante deu o passe para Juan marcar, aos 37, e fez o gol da vitória aos 44 minutos. Delírio geral na arquibancada em dia de muita chuva no Rio de Janeiro.

A felicidade de Vandinho ficou ainda mais completa depois que o técnico Caio Júnior anunciou que o jogador é o novo titular do ataque do Flamengo. Neste domingo, ele curte o dia de herói da nação rubro-negra. O atacante recebeu a imprensa em seu apartamento, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e lembrou de alguns momentos deste que será um jogo difícil de ser esquecido por ele. Vandinho, fã do baixinho Romário, falou também sobre sua vida fora do campo, sua adaptação ao Rio e seu caminho até chegar ao Rubro-Negro.

Dois gols em dois jogos no Maracanã.
Na hora que me chamaram, pensei: "Vou entrar, vou entrar. Imagina se eu faço outro gol aqui no Maracanã". Sei que esta média de um gol por jogo é difícil de manter. No domingo, tive uma chance de marcar e consegui, e ainda dei o passe para o gol do Juan. Sabemos que seria muito difícil continuar na briga pelo título com uma derrota em casa. Ainda bem que deu tudo certo no fim.

Pressão de ser titular da equipe.
Atacante vive de gols, quem estiver melhor vai jogar. Já tinha entrado durante a partida em outros jogos e agora sei que vou ter uma chance de começar. Espero ir bem. Vou tentar superar a marca do Marcinho, que tem sete gols, mas sei que não é fácil.

Reconhecimento após o gol.
Fui jantar depois do jogo e encontrei muitos torcedores. Você jogando no Flamengo, onde vai é conhecido, ainda mais tendo acabado de fazer um gol importante. As pessoas pedem para tirar foto, pegam autógrafo. Depois do jogo o meu empresário (Luiz Alberto) também me ligou, estava chorando. Nunca o tinha visto assim, e nos conhecemos desde que eu tinha 15 anos.

Adaptação ao Rio e ao Flamengo.
Me sinto totalmente adaptado ao Rio e ao Flamengo. O grupo é muito bom e unido. Cheguei junto com o Eltinho e temos uma boa amizade. O Kleberson me ajudou muito também, assim como o Dininho. Depois chegaram o Éverton e o Josiel, que eu já conhecia do Paraná, aí que eu fiquei em casa mesmo.

Apoio da família
Sempre tive muito apoio da minha mãe e do meu irmão. Ele também é jogador, é dois anos mais novo do que eu e está no Paraná. Torço para um dia jogar junto com ele.

Vida fora dos gramados
Sou muito tranqüilo, gosto de jogar videogame, ir ao shopping, assistir televisão.

Ídolo no futebol.
Romário. Até por ser baixo e ser atacante de área. Nunca vi ninguém parecido.

Convivência com Ronaldo na Gávea.
Não conversei com ele ainda, só cumprimento mesmo. Ele costuma chegar depois que termina o nosso treino. Mas parece ser bem tranqüilo.

Caminho no futebol até chegar ao Fla.
Comecei no futebol de salão. Aos 13 anos fui para São Paulo, foi experiência importante, mas também muito difícil. Depois fui para o Paraná e acabei depois emprestado para o Vitória e para o São Paulo. Fiz muitos gols na base do São Paulo em 2005, 30 em 33 jogos, mas não tive oportunidade porque o ataque era muito bom, Amoroso e Luizão. Tive uma proposta do Guaratinguetá e lá tive uma boa experiência, conquistei título. Depois fui para o Avaí e me tornei artilheiro.

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