A questão emocional muitas vezes foi inimiga do Flamengo ao longo do Brasileiro. A explosão de raiva no fim do jogo contra o Cruzeiro, na derrota de 3 a 2 no último domingo, foi só mais uma demonstração de que será preciso ter a cabeça no lugar nessa reta final do campeonato. Caso contrário, a Libertadores em 2009 será apenas mais um sonho.– O grupo fica um pouco desanimado, mas futebol é isso aí – disse Ibson após o jogo.
A derrota será motivo de reuniões durante a semana de trabalho para o jogo contra o Goiás. Se para a viagem a Belo Horizonte o Flamengo já seguiu com o psicólogo Paulo Ribeiro, seu trabalho será ainda mais importante agora.
Afinal, a classificação para a Libertadores não depende mais do próprio Fla, que tem 46% de chances de conseguir uma vaga e precisa torcer por tropeços de Cruzeiro e Palmeiras. Além disso, Caio Júnior tem outro problema.
Seis jogadores (a maioria titular) estão pendurados com dois cartões amarelos: Obina, Marcelinho, Aírton, Ibson, Kleberson e Toró. Ou seja: caso algum deles cometa uma falta desnecessária ou reclame da arbitragem, poderá ficar fora do último e decisivo jogo, contra o Atlético-PR.
Para falar dessa questão psicológica, o LANCE! tentou entrar em contato com Caio Júnior e com o próprio Paulo Ribeiro. Mas ambos não atenderam as ligações.
Apesar de ser o segundo time que menos cometeu faltas no Brasileiro, o Flamengo vem sofrendo com algumas suspensões. O principal caso é do capitão Fábio Luciano, que já recebeu dois cartões vermelhos e dez amarelos na competição. Logo depois dele aparece o lateral-esquerdo Juan, com nove amarelos.
Para Jaílton, que ficou fora de dois jogos por suspensão com cartões amarelos, o time tem condições de manter a cabeça no lugar.
– Não dependemos de nós mesmos e temos de torcer para os outros. Mas precisamos segurar nossa ansiedade. Esses jogos podem definir nossa vida para o ano que vem – afirmou o cabeça-de-área.
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