terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Em reunião explosiva na Gávea, clube rubro-negro liga o sinal vermelho

Um clube à beira do caos. A reunião do Conselho de Administração do Flamengo na noite de segunda-feira, assustou aqueles que estavam na plateia. Entre xingamentos e ameaças de pancadaria, alguns dados expostos no encontro esmiuçaram a situação de calamidade do clube.

Dentre as 20 medidas que foram discutidas na votação, uma teve aprovação em caráter emergencial: um pedido de empréstimo até sexta-feira de R$ 10 milhões para quitar as dívidas (13º salário e dezembro) com funcionários e jogadores. Há outros débitos altos com atletas do próprio elenco, como Marcelinho Paraíba, Leo Moura e Obina e ex-jogadores, casos de Romário e Gamarra. E também com jogadores que já deixaram o clube, caso do zagueiro Rodrigo, atualmente no São Paulo. O Rubro-Negro também tem uma dívida de R$ 300 mil em cheques protestados do acordo com o jogador.

Mas para apertar os cintos, o Flamengo pretende ir bem mais além. Há a sugestão de suspender as contratações no departamento de futebol, a não ser em casos muito especiais. Haverá corte total na distribuição de ingressos para torcidas organizadas e dirigentes. Estes também não ficarão mais hospedados em hotéis cinco estrelas com a delegação.

A crise também respingará nos sócios. Aqueles da categoria "proprietário" terão de pagar mensalidade, o que até então não ocorria, a título de manutenção. Haverá venda de títulos de sócio proprietário por R$ 5 mil à vista ou R$ 8 mil parcelados.

Os preços das escolinhas sofrerão reajustes. Tudo em busca de novas receitas. O desespero é tão grande que o clube fará uma varredura no estacionamento porque há suspeita de que funcionários de empresas próximas parem os carros gratuitamente na sede. A ideia agora é cobrar por este serviço.

Houve momentos críticos na reunião. Entre eles, o presidente do Conselho Fiscal, Leonardo Ribeiro, pediu o impeachment do presidente Marcio Braga aos berros.

- Eu só não te digo coisas piores porque minha educação não permite - disse Marcio, retrucando as ofensas do adversário político.

Segundo pessoas que estiveram presentes no clube há muito tempo não havia uma reunião tão tensa. A maioria das medidas sugeridas na noite de segunda-feira vai à votação no Conselho Deliberativo.

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