quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Patrícia Amorim: discurso prata da casa e críticas aos ‘projetos mirabolantes’

Peso-pesado na eleição do Flamengo, Patrícia Amorim lançou na noite desta terça-feira a candidatura à presidência do clube. O evento foi realizado em um restaurante no Leblon, zona sul do Rio de Janeiro, e teve a presença de diversas figuras políticas rubro-negras, atletas olímpicos e ex-atletas.

Os ex-presidentes Hélio Paulo Ferraz, George Helal e Luiz Augusto Veloso estiveram no local. Diego e Daniele Hypolito, que quase deixaram o Fla durante a gestão de
Marcio Braga, ratificaram apoio. Assim como a medalhista olímpica Jaqueline Silva.

A vereadora lembrou o passado como nadadora e declarou-se uma legítima “prata da casa”, com 33 anos dentro do Rubro-Negro.

- Fui criada com as vitórias do Flamengo. Só por ser a primeira mulher candidata já me sinto vitoriosa. Vou procurar trazer resultados, vitórias e títulos. Posso colaborar com o clube neste período de sérias dificuldades – disse a candidata.

No programa de governos para triênio 2010/11/12, Patrícia Amorim também aposta na profissionalização da gestão esportiva, mas “sem criação de empresa ou vender o clube”. Mas dentre as principais diretrizes está o fortalecimento das divisões de base e a conclusão das obras do CT Ninho do Urubu.

- O grande diferencial do clube é que sempre fizemos craques em casa. E agora nosso clube virou balcão de negócios. É ou não é verdade? – afirmou Patrícia.

Ao contrário de Delair Dumbrosck, que sinalizou a construção de um centro médico para ajudar na revitalização da Gávea, a ex-nadadora previu melhorias nas instalações já existentes e uma estratégia de divulgação para ampliar o quadro de sócios, inclusive com a criação do projeto Sócio Torcedor.

Até o início deste ano, Patrícia Amorim estava na diretoria de Marcio Braga, mas deixou a vice-presidência de esportes olímpicos para lançar-se candidata. Para as modalidades “amadoras”, ela pleiteia o patrocínio por modalidade.

- Minha forma de trabalhar é baseada na construção coletiva, eu gosto de ouvir a opinião dos outros, embora a palavra final seja minha. Imperador só o nosso camisa 10 (Adriano) - disse Patrícia.

No discurso, feito para uma plateia de quase 300 pessoas, ela criticou a “mania de grandeza” de outros candidatos, que propõem soluções mirabolantes.

- Isso levou o clube a ser um dos mais endividados do país. Há um descaso na forma como gerem o dinheiro arrecadado, falta de cerimônia com que negociam nossos talentos para o exterior. Se não somos capazes de cuidar dos nossos filhos e nossa casa, não merecemos estar dentro dela.

As eleições do Flamengo estão marcadas para o dia 7 de dezembro e, por enquanto, há sete pré-candidatos: Clóvis Sahione, Delair Dumbrosck, Pedro Ferrer, João Henrique Areias, Lysias Itapicuru, Patrícia Amorim e Plínio Serpa Pinto.

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