sexta-feira, 26 de março de 2010

Andrade tenta corrigir Vinícius no grito

Andrade não só confirmou como justificou a opção por Vinícius Pacheco e Toró entre os titulares para enfrentar o América, domingo, às 16h, no Engenhão. O treinador explicou porque barrou Petkovic e Maldonado. A questão física não foi levada em conta, já que semana que vem o Flamengo não joga.

Segundo o treinador, Pacheco foi escolhido por dar mais velocidade ao time. A decisão, no entanto, promete deixar Andrade sem voz: para o comandante, o meia precisa melhorar a concentração durantes os jogos para se firmar como titular.

- Vinícius é assim desde a base. Ele só funciona à base de gritos. Tem de ser assim, à base do tranco, do empurrão: “vamos, Vinícius, acorda”. Chego a ser chato. Até minha esposa me cobrou que eu estava sendo chato com ele. Mas ele é assim, se desliga do jogo, toca e fica (parado) como se fosse volante. Tenho de orientá-lo até o dia em que não precisar mais. Até brinco com ele: “estou dando o caminho mais fácil e você quer o mais longo? Quer ir pelos espinhos?”. Ele está entendendo que jogar pelos lados do campo é mais fácil. O futebol atual pede jogador com dinâmica e velocidade. Ele tem tudo isso. Se fizer tudo o que estou pedindo, será o titular – disse Andrade.

A justificativa para a volta de Toró, que cumpriu suspensão contra o Tigres, foi por estar com mais ritmo de jogo que Maldonado.

- Temos cinco jogadores para três posições: Willians, Maldonado, Toró, Kleberson e Fernando. Vamos buscar o que é o ideal para o Flamengo, sem cometer injustiça. Vamos dar tempo ao tempo, que ele se encaminha de acertar as coisas. Hoje eu pensei nos que vinham jogando. Mas não quer dizer que não posso usar o Maldonado. Só não sei no lugar de quem ainda – disse o técnico.

Além das explicações sobre as escolhas para enfrentar o América, Andrade também deixou claro duas outras questões: quais são os seus critérios para escalar o time e o motivo que o levou a não poupar jogadores neste confronto.

- Uso o critério independentemente do nome (do jogador). Tenho de buscar o que é o melhor para o Flamengo. Às vezes tem um (jogador) de nome, mas outro garoto está rendendo mais. É um critério mais justo para todos e vou estar sendo coerente. Posso até cometer erros, pois sou humano, mas procuro dar oportunidade para todos, independentemente de idade ou outra coisa – disse o técnico.

Segundo ele, a possibilidade de prejudicar o Vasco jamais foi discutida na Gávea.

- Penso só em ganhar o jogo para ser o primeiro da chave. Perderia a seriedade do futebol se isso acontecesse. Temos de ir a campo e fazer nosso papel – justificou o treinador.

O Flamengo enfrenta o América, às 16h (horário de Brasília) de domingo, no Engenhão, com Bruno, Leonardo Moura, David, Fabrício e Juan; Toró, Willians, Kleberson e Vinícius Pacheco; Vagner Love e Adriano.


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