quarta-feira, 31 de março de 2010

Ex-dirigente do Fla vê como ridícula indenização a ‘reserva do reserva’

Ao comentar mais uma ferroada da Justiça do Trabalho no Flamengo, o procurador-geral do clube, Rafael de Piro, deu uma justificativa intrigante. Segundo ele, o lateral-esquerdo Marco Antônio alegou que o Rubro-Negro recusou uma proposta que o fez perder “muito dinheiro”. No total, o jogador deve receber R$ 2,5 milhões de indenização.

A explicação não foi bem digerida pelo gestor do futebol rubro-negro na época em que o atleta estava no clube – de 1999 e 2001. O ex-vice de futebol Walter Oaquim garantiu que não recebeu qualquer proposta oficial pelo jogador.

- Não me lembro de ter vindo ninguém com papel timbrado para comprar o Marco Antônio. Até porque ele não demonstrou qualidades para ser titular do Flamengo e ficava atrás do Athirson e do Cássio. Você acha que diante disso eu não venderia? Até porque o Flamengo sempre precisa de dinheiro. Acho ridícula essa pretensão de receber dinheiro alegando isso. Só pode ser brincadeira – disse Walter Oaquim.

Aos 33 anos, Marco Antônio foi dispensado recentemente do Moto Club-MA. Inconformado, Oaquim dá mais explicações e lamenta a fragilidade do Flamengo na Justiça.

- Essa história está muito mal contada. Por contrato, o clube teria direito de não vender. Mas repito: não houve proposta oficial. Infelizmente, no Flamengo existe uma indústria da Justiça trabalhista. Funcionários que trabalham ganhando R$ 1 mil e depois conseguem R$ 400 mil na Justiça tornaram-se rotina – afirmou o ex-dirigente.

Por acordo judicial, o Flamengo destina 15% de todas as suas receitas para pagar dívidas do Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Desde 2004, o clube perdeu R$ 60 milhões de sua verba para tal fim.

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