quinta-feira, 3 de junho de 2010

Marcelinho: 'Só entrei no fim para não ter um ataque cardíaco'

Acostumado a ser decisivo, a referência ofensiva do Flamengo, Marcelinho experimentou nesta quinta-feira uma sensação pouco comum a sua carreira. Pendurado com três faltas, ele passou a maior parte do jogo 4 no banco de reservas. Também não viu seu nome no topo da estatística. O cestinha anotou apenas dois pontos nos 12m40s que esteve em quadra. Mas parecia não se importar. Ele preferiu comemorar o empate na série e ressaltar a força do grupo.

- Para mim, foi um jogo estranho, não estou acostumado a ficar tanto tempo no banco. Eu estava ali, preparado para voltar em algum momento, mas acho que o Chupeta só me colocou mesmo para eu não ter um ataque cardíaco - ri. - Foi atípico, mas foi bom, porque mostrou que a força do Flamengo é o conjunto. Quem ganha é o grupo - disse o capitão do time.

Desta vez, os jogadores reservas foram decisivos para impedir que o Brasília fechasse a série em plena Arena da Barra. Jefferson foi um deles.

- Antes do jogo, nós conversamos e sabíamos que a defesa poderia fazer a diferença, assim como nossa torcida. Não foi um jogo fácil, mas muito pegado. Sabíamos da força deles e ganhamos a partida com raça e determinação. Mostramos hoje a força do nosso elenco. Quem veio do banco jogou bem. Estamos aliviados, mas sem perder o foco que é conquistar o caneco - afirmou o ala Jefferson.

O técnico Paulo Chupeta endossa as palavras do jogador, e destaca o equilíbrio emocional e técnico mostrados por sua equipe como fatores que contribuíram para a vitória.

- Aquelas duas derrotas em Brasília, por três pontos e um ponto, nos deixaram tristes, mas hoje fizemos uma grande partida. O Marcelinho saiu de quadra e time suportou sua ausência. Temos um plantel forte e nesta partida o todo foi superior. Fomos bem na defesa e no ataque. Estamos preparados para a decisão de domingo.

Em Anápolis, o Rubro-Negro espera poder contar com a presença de torcedores. A presidente Patrícia Amorim viajará com o grupo. Antes do jogo desta quinta, ela entrou no vestiário para falar com os jogadores do clube e não conseguiu esconder a emoção. Falou sobre as dez coisas que a torcida gostaria de vê-los mostrar no confronto que definiria o destino do Flamengo: vitória, sucesso, paz, amor, saúde, produtividade, confiança, segurança, grupo e fé inabalável.

- Independentemente do resultado, o torcedor quer ver isso durante um jogo. Foi muito bom mostrar que realmente temos um grupo. Esse time me ensina todo dia a não desistir, a passar por dúvidas e provocações. Sou muito agradecida a eles por isso. Tenho que pedir desculpas aos remadores que vão disputar a regata no domingo, mas vou a Anápolis. Vai ser um grande jogo. O Flamengo deu exemplo dentro e fora de quadra - disse Patrícia.

Enquanto os rubro-negros respiravam aliviados, o Brasília tentava esfriar a cabeça após a partida. Sem esconder o abatimento por não terem conseguido evitar a vitória do adversário, o capitão Alex admitia a atuação abaixo do esperado de seu time.

- Sabemos que não fizemos uma boa partida. O Flamengo veio para jogar um jogo de final e nós jogamos muito errado. Tivemos muitos erros bestas na defesa e isso prejudicou bastante. Mas sabemos do que somos capazes - disse.

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