'Bruno não vai depor porque não temos cópia do inquérito', diz defesa

O advogado Ercio Quaresma afirmou que o goleiro Bruno não vai prestar depoimento enquanto a polícia não liberar cópias do inquérito para os advogados de defesa. O atleta, que era do Flamengo, é suspeito de envolvimento no sumiço de Eliza Samudio.

- O Bruno não vai depor porque não tivemos cópia do inquérito - disse Quaresma ao G1.

Além de Bruno, o advogado defende Macarrão, amigo do atleta, e Dayanne Rodrigues, mulher do jogador, que são investigados.

Bruno se entregou à polícia no Rio de Janeiro, na quarta-feira (7), e deve chegar à Belo Horizonte ainda na noite desta quinta (8). Ele será levado para o Departamento de Investigações. Bruno viaja com Macarrão.

O advogado diz que, se a polícia liberar o inquérito, ele pode fazer outros três suspeitos de envolvimento no crime considerados foragidos da Justiça se entregarem.

- A hora que ele (delegado) tiver coragem de me encaminhar a cópia integral, eu entrego o Denilson, o Emerson e o Flávio - disse.

O advogado, que invadiu uma coletiva do delegado Edson Moreira, disse que a atitude foi uma tentativa de conseguir uma cópia do inquérito.

- Foi um ato desesperado da defesa, que busca assegurar os direitos constitucionais do jogador. Ele desrespeita o direito do Bruno e do advogado de ter a cópia do inquérito - afirmou.

Quaresma afirmou que Macarrão e Bruno estão “deprimidos, angustiados e ofendidos” com essa situação.

- Com exceção do Bruno, que não era meu cliente, eu avisei a todos que seriam presos. Que graça tem você investigar, se não coroa a investigação prendendo A, B ou C?

Segundo o advogado, Macarrão nega envolvimento no sequestro e morte da jovem.

Outro advogado de Bruno, Michel Assef Filho disse que o jogador nega participação. Assef Filho deixou o caso. Como Bruno ainda está no Rio, ele e Quaresma ainda não conversaram pessoalmente sobre o caso.

Outro lado

A assessoria de imprensa da Polícia Civil afirmou ao G1 que o delegado Edson Moreira não responderia acusações nesta quinta-feira e que não há uma posição oficial sobre as declarações.