quarta-feira, 7 de julho de 2010

Consultor sugere gabinete de crise para o Fla no 'Caso Bruno'

Um caldeirão em ebulição. Mais do que nunca o Flamengo teve que apagar incêndios extracampo com seus jogadores como no primeiro semestre de 2010. Após Adriano ser acusado de envolvimento com traficantes e Vagner Love aparecer em atitude suspeita numa comunidade, o goleiro Bruno arranha a imagem do clube ao ser suspeito de assassinato. Especialistas em marketing esportivo divergerm sobre a possibilidade de arranhão na imagem do clube, mas sugerem resposta rápida para amenizar a situação.

Para o professor e diretor de marketing João Henrique Areias, o Rubro-Negro precisa agir rapidamente para evitar que esses e novos problemas respinguem na instituição (assista ao vídeo ao lado sobre a influência dos ídolos do futebol nas crianças).



- O Flamengo tem que apresentar uma atitude profissional. Se fosse um funcionário de qualquer empresa, o problema não seria tão grande. Mas o jogador representa o clube na sociedade. Por isso, é preciso criar um gabinete de crises. Só se pensa nos jogadores como atletas, não como cidadãos - declarou o ex-vice-presidente de esportes olímpicos do clube, que também já foi consultor do Clube dos 13, do Fluminense e da seleção brasileira de 1994.

José Carlos Brunoro defende que a marca Flamengo é tão forte que não deve sofrer um abalo de percepção do público depois de problemas na esfera criminal. Além disso, o diretor de marketing da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) lembra que o clube agiu certo ao se livrar do Império do Amor- formado por Adriano e Vagner Love- e afastar o goleiro Bruno.

- Nesse momento, é preciso agir com naturalidade. O Flamengo acertou em deixar os dois primeiros jogadores saírem. Tanto o Adriano quanto o Vagner Love deixaram o clube sem conflito. Já o Bruno deveria ter agido com transparência. Assim como é melhor um jogador pego no antidoping assumir de imediato que usou substância proibida - declarou.

Para José Henrique Areias, o Flamengo só não teve a sua imagem mais afetada porque trouxe um ídolo como o Zico para comandar o futebol. E ainda assim, na opinião dele, é preciso educar os jogadores para a fama.

- Tem que dizer aos atletas que eles estão saindo de um patamar social para outro. Tivemos os exemplos do Heleno de Freitas e do Garrincha com alcoolismo e não montamos um departamento de recursos humanos nos clubes brasileiros. Não falo de um setor de pessoal, mas uma área que acompanhe de perto os jovens - disse.


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