quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Empate no fim não reduz insatisfação interna com Silas

Apenas uma vitória em nove jogos. O gol de Deivid, aos 45 minutos do segundo tempo, garantiu o empate por 1 a 1, mas não a segurança do técnico Silas no cargo. Há uma crescente insatisfação com o trabalho do treinador. Seja no dia a dia, seja durante os jogos.

O primeiro sinal foi dado no jogo contra o Palmeiras. Aborrecido com a atuação do time, Zico foi ao vestiário no intervalo, o que assustou os jogadores. Nesta terça-feira, novamente o diretor discordou das atitudes do treinador. A começar pela escalação, com cinco volantes no meio-campo e tirando do time o atacante Diogo.

Silas jantou com os jogadores após a partida e saiu com o técnico do Goiás, Jorginho, no início da madrugada. Abatido, Zico se esquivou de qualquer declaração antes de subir para o quarto.

- Não falo depois de jogo – disse.

Nesta quarta-feira, os jogadores não relacionados fizeram um treino na piscina do hotel, fechado à imprensa e depois todo o grupo desceu para o almoço. A diretoria permaneceu em silêncio.

Os motivos
Na Gávea há uma defesa aberta para a troca de comando. Os que defendem a demissão do treinador argumentam que não houve sintonia e que o time precisa de reação imediata para não ter um fim de ano dramático. Os jogadores não estão deliberadamente contra Silas, mas alguns pontos incomodam. Há falta de diálogo sobre questões táticas e as opções dele causam estranheza na maioria.

Ao mesmo tempo em que fala sobre renovação na equipe, o treinador se contradiz ao tirar, por exemplo, Diego Maurício dos últimos jogos. O atacante deu passe para gol contra o Vitória e foi a principal figura do triunfo sobre o Prudente, o último do Flamengo.

- O jogo contra o Goiás exigia experiência, exigia jogador com Copa do Mundo nas costas, como o Kleberson. Tirei o Diogo (23 anos) e coloquei o Correa (29) para privilegiar o aspecto defensivo. Mas a hora do Diego vai chegar, assim como chegou a do Maldonado – disse.


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