sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Patrícia recebe convite de Zito, mas terreno em Caxias pertence à União

Um estádio para chamar de casa própria. Este é o grande sonho do Flamengo, paralelamente à construção do Centro de Treinamento, em Vargem Grande, Zona Oeste do Rio. Há investidores interessados em arcar com custos das obras desse grande desejo da presidente do clube, Patrícia Amorim. Porém, o Rubro-Negro ainda está em busca de um local adequado para erguer o "Urubuzão". Nesta sexta-feira, o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, oficializou uma proposta para receber o estádio em seu município. Mas a dirigente do Fla encarou o convite como apenas um de muitos que devem surgir.

- Nós agradecemos o carinho, só que não sou dona do Flamengo. Vou levar essa proposta para o Conselho Diretor analisar em reunião na próxima terça ou quarta-feira. O projeto precisa ser estudado pelos conselheiros do clube. O espaço é extremamente generoso, mas existem algumas preocupações com a estrutura. O Zito foi a primeira pessoa a me procurar depois que recebi alguns investidores dispostos a construir o estádio do Flamengo. Então, acho que começamos com o pé direito – afirmou Patrícia Amorim.

De acordo com o prefeito de Duque de Caxias, José Camilo Zito, a área possui cerca de 500 mil metros quadrados e o acesso pode ser feito via Rodovia Washington Luis, Linha Amarela, Linha Vermelha e pela Avenida Presidente Kennedy. Ele também destacou a proximidade do local em relação ao Aeroporto Galeão. No entanto, o terreno, localizado na Baixada Fluminense, pertence à União e não ao município que governa.

- Vamos conversar com o governador do Rio, com o presidente da República e com o Ministro dos Esportes para viabilizar esse terreno que fica em Duque de Caxias. Vou entrar em contato com a Marinha se receber um ok do Flamengo. A partir daí, iremos marcar reuniões periódicas. Esse terreno está há muito anos abandonado, trazendo malefício para a cidade – lembrou o político.

Cautelosa, Patrícia Amorim garantiu que o Flamengo não deixará de jogar no Maracanã. Mas precisa de um estádio de menor capacidade para disputar partidas do Campeonato Carioca (com exceção dos clássicos) e acolher as categorias de base. Outra preocupação é com o entorno da arena.

- Precisamos estudar bem onde ele vai ser construído. O Engenhão entrou como um disco voador, porque não houve desapropriação daquela área.

Por outro lado, a dirigente destacou que o Flamengo não pode deixar passar o "momento" da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Rio, ocasião em que o poder público está sensibilizado. Isso sem falar na rivalidade com clubes como Corinthians, Palmeiras e Grêmio, que já deram o pontapé inicial rumo à construção de estádios próprios.

- Estou aceitando propostas. O fato de outros times estarem avançados nisso espeta um pouco o nosso orgulho, mexe com o nosso brio. O Flamengo tem que ouvir tudo. Não é um factóide. Fui procurada por grupos que não tiveram os projetos de estádio da Copa selecionados e querem investir no Brasil. Agora falta o espaço – disse a presidente.

Embora o projeto de Duque de Caxias seja embrionário, Patrícia Amorim admite que o Flamengo precisa agir rápido para garantir o sonho da casa própria.

- Seria um estádio com capacidade para até 50 mil torcedores e, pelo que conversei com os investidores, custaria aproximadamente R$ 400 milhões. Se fizermos isso até 2013, temos chances de receber delegações de outros países que disputarão a Copa do Mundo. Não seria só um estádio, mas uma obra viável comercialmente – contou.

Patrícia Amorim com Zito, prefeito de Duque de CaxiasPatrícia Amorim e Zito mostram imagem aérea do terreno (Foto: Fabrício Costa / GLOBOESPORTE.COM)



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