sábado, 8 de janeiro de 2011

Deivid bota fé em Deivid: ‘Estou apostando muito em mim’

Ele só pede um pouco de paciência. Sabia que seria difícil quando chegou, mas reconhece que foi pior do que o previsto. Ninguém esperou tanto a pré-temporada do Flamengo quanto Deivid. Londrina é o ponto de partida para começar a justificar o prestígio que o levou ao Rubro-Negro, em agosto da temporada passada. Maior salário do grupo, o atacante está incomodado, inquieto. Não gostou nada de ter feito só quatro gols em 17 jogos pelo Brasileirão 2010. Um ano que ele pretende esquecer.

- Foi o mais difícil (da carreira), até porque cheguei com um peso muito grande. Saíram (Vagner) Love e Adriano, e o clube estava atrás de um jogador que os substituísse à altura, havia muita expectativa sobre mim, não consegui render o esperado. Fiquei meio frustrado, mas nunca abaixei a cabeça, sei do meu potencial. Só eu posso atravessar essa frase e tentar fazer uma grande temporada. Estou chegando no meu nível físico ideal – disse.

Motivos para o baixo rendimento são apontados pelo próprio jogador: passou muito tempo no futebol europeu (cinco anos); chegou ao clube longe da forma física ideal e sentiu o ritmo intenso do futebol brasileiro; a readaptação ao estilo de jogo foi lenta e acabou atropelada pela pressão de substituir o Império do Amor e ao mesmo tempo fugir da ameaça de rebaixamento.

Deivid não chegou sozinho. Teve a companhia de Diogo. Sob as bênçãos de Zico, o maior ídolo rubro-negro, numa pomposa apresentação no salão nobre da Gávea, receberam o “passe” do Galinho. “A bola está com eles”, disse o então dirigente. Antes mesmo da estreia, viraram salvadores da pátria. O Rubro-Negro contratava, enfim, substitutos bem conceituados, capazes de substituir Adriano e Vagner Love. Estava formado o ataque D2, que ganhou letra e musica. O que era fantasia virou pesadelo.

- Como tinha a história do Império do Amor, criou-se a dupla D2. Sempre deixamos claro que teríamos de vencer, como o Adriano venceu, para conquistar esse prestígio. Ele conseguiu isso porque venceu no campo. Chegamos com a música D2 pronta. Fiquei com o pé no chão, sabia que era tudo fantasia. Tinha de provar para depois colher os frutos. Mas, quando aparecem situações assim, você tem de demonstrar força para atravessar – afirmou.

O ataque D2 já não existe mais. Diogo, que fez um gol e 17 partidas, não será aproveitado, apesar de o contrato de empréstimo com o Olympiacos, da Grécia, terminar só em junho. O centroavante Val Baiano também não faz parte dos planos. Luxemburgo só não desistiu de Deivid.

- Sei que ele espera muito de mim, pelo fato de termos feito sucesso juntos em outros clubes (Corinthians, Cruzeiro e Santos). Ele aposta todas as fichas em mim e espero corresponder dentro de campo, jogando bem e fazendo gols – afirmou.

A resposta para a confiança do treinador é o trabalho. Deivid tem se dedicado nos treinos da pré-temporada e nota sua evolução física.

- Quando você pega o trabalho desde o começo, a tendência é que você possa render melhor. Estou apostando muito em mim nesta temporada. Acho que estou me preparando bastante, me preparando bem. Consegui atingir aquilo que eu queria na parte física até agora. Espero pode ajudar o Flamengo, ganhar títulos. Ano passado, eu tive bem abaixo do que estava esperando. Espero que este ano possa voltar a fazer os gols e a ganhar os títulos que sempre ganhei. Esperamos que o ano do Flamengo seja totalmente diferente. Jogadores que chegaram no meio do ano passado estavam sem ritmo. Agora, desde o começo, é outra história. Esperamos fazer um belo Carioca, conquistar o título. Vamos nos preparar para o Brasileiro, Copa do Brasil e Sul-Americana - frisou.

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