terça-feira, 19 de julho de 2011

Patricia toma R10 como escudo e justifica os negócios frustrados

A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, apareceu nesta terça-feira no Ninho do Urubu para participar de um programa de TV e aproveitou para apresentar o zagueiro Alex Silva. Ao entrar na sala de entrevistas, a dirigente brincou: ‘Estou com medo de vocês (jornalistas)’. Depois, ela concedeu uma coletiva mais longa do que a do jogador e garantiu não estar frustrada com o fracasso nas negociações com Vagner Love, Kleber e André.

Alex Silva apresentação Flamengo (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com) 
 
Patricia Amorim apresenta o zagueiro Alex Silva (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)

- Não acho que foi falta de capacidade. Temos apenas uma derrota na temporada. A análise tem que ser feita em cima dos fatos, não dos sonhos.

A mandatária tomou Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves como escudo contra as críticas e citou o fato de o time ter perdido apenas um jogo no ano.

- Não posso me sentir frustrada, trouxe Ronaldinho Gaúcho, é o nosso craque. Trouxemos Thiago Neves.

Abaixo, os principais trechos da entrevista da presidente:

Reforços - Sinto, às vezes, uma preocupação muito grande com atacante, como se fosse possível ter o Ronaldinho nas 11 posições. Existe um limite do que é possível fazer, na maioria das vezes é um impedimento financeiro. Cobram uma, duas peças. Em janeiro não tínhamos o Ronaldinho, Thiago, Bottinelli, Airton, Junior Cesar, Alex Silva. Se não tivesse um time em segundo lugar, não sei (Fla está em terceiro, com um jogo a menos). Não posso me sentir frustrada, trouxe Ronaldinho Gaúcho, é nosso craque. Trouxemos Thiago Neves.

Frustração – Temos que acreditar em quem está aqui. Não sinto frustração. Não acho que é falta de capacidade. O bom jogador sempre é disputado por vários clubes. Temos um limite de responsabilidade, temos que puxar o freio de mão em algumas negociações. Tenho cuidado para não acontecer como no ano passado (quando o clube contratou Deivid e Diogo com custos elevados no fim da janela de transferências). Não fizemos isso esse ano. Pode ser que não chegue ninguém, mas não tem frustração.

Vagner Love - A torcida decidiu fazer um movimento e tem direito a isso. Desde o fim do ano passado os russos não responderam a nossa proposta (R$ 11 milhões por 70% dos direitos econômicos) e ela não seguiu. O nome dele voltou à tona em nome das pessoas apaixonadas por ele. O clube não tem hoje condição de oferecer mais. No caso do Vagner Love, acho que isso está muito nem resolvido.

Kleber - Realmente tentamos até onde sentimos que poderíamos. Sempre falei que o jogador vem se quiser. Não é de hoje que o Flamengo tem ou teve interesse nesse jogador. Não é algo que se encerra em definitivo. Pode voltar a vir. Quero que as pessoas se sintam muito tanquilas. Se essa não deu, as outras deram. O saldo é positivo.

André - O André, até onde sei, chegamos até onde poderíamos ir. Agora é com jogador, empresário, com clube. Demos um limite, que é um limite financeiro. A experiência (de Luiz Augusto Veloso, direitor de futebol, ir à França negociar) é importante. Mesmo que não se concretize. As relações devem acontecer sempre.

Fechamento da janela de transferências - Futebol é um universo de situações. Não quero criar expectativa, apresentamos hoje um grande jogador (Alex Silva). É o fim de um processo longo, queria muito esse jogador, era uma unanimidade.

Unanimidade na busca por atacantes - Não insistimos no Love porque não dava. Não quero fechar as portas para esses jogadores, sempre nos interessam. Agora não deu. É difícil competir em euros. Fazemos proposta, nós fazemos esforço, temos a responsabilidade de correr atrás, nem sempre é possível. Esse ano conseguimos alcançar bastante sucesso.

Patrocinadores - É um momento muito interessante. Avançou. Continuamos com os mesmos valores de propriedade, algo em torno de R$ 30 milhões em toda a camisa. Tivemos a preocupação de entender o que era o mercado. Começamos a receber propostas segmentadas dentro de uma realidade. Algumas pessoas não concordam, mas para mim a camisa é o manto sagrado, tenho cuidado com ela. Tenho preocupação com a marca, com a cor, me preocupo com isso. Começamos a receber propostas de barra de camisa, elas foram encaminhadas ao Conselho Diretor, isso me deixa um pouco mais tranquila. Podemos ter mais de uma marca.



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