quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Procurador sugere perda de pontos aos que atrasarem entrada em campo


O Campeonato Brasileiro chega à última rodada com muitos interesses em jogo, e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) está de olho em possíveis irregularidades. Um dos mais comuns nesta situação é o atraso proposital para ter a vantagem de saber outros placares em andamento de partidas que interessam diretamente. O procurador do STJD Paulo Schimidt sugeriu que clubes que tiverem esta prática sejam punidos com a perda de pontos. Ele disse que o Tribunal irá divulgar ainda esta semana algumas resoluções para a rodada final do Brasileiro.

- Na quinta devemos anunciar medidas para algumas situações que ocorreram na última semana. O atraso é uma infração comum neste momento. Sempre tem umas malandragens, como troca de uniforme, aí ganham tempo para saber o resultado dos outros jogos. A multa para isso é pesada e nós vamos promover a responsabilidade a técnicos e dirigentes, entendendo que os atrasos são dolosos e atentam contra o desporto. Não vou dizer que partidas poderão ser repetidas, espero que não aconteça. Mas é preciso que todos cumpram a lei. Uma sugestão é tirar pontos. Duvido que um clube entraria atrasado. Mas isso é prematuro ainda dizer. O que vamos fazer antes desta última rodada já é uma resposta - afirmou o procurador.

Para Schimidt, os infratores podem ser inclusos no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que prevê a punição aos que forem contra a ética desportiva com o objetivo de influenciar o resultado de uma partida. O procurador avisou que o STJD também estará de olho em possíveis casos de "mala branca", quando um time oferece dinheiro a outro para vencer seu jogo.

- Pretendemos investigar, e não só neste jogo (Cruzeiro supostamente deu incentivo ao América-MG contra o Atlético-PR). Esta boataria sempre ocorre. Mala branca é uma infração - finalizou Paulo Schimidt.

O que diz o código:

Art. 243-A. Atuar, de forma contrária à ética desportiva, com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente.

PENA: multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão de seis a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de cento e oitenta a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação.

Parágrafo único. Se do procedimento atingir-se o resultado pretendido, o órgão judicante poderá anular a partida, prova ou equivalente, e as penas serão de multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), e suspensão de doze a vinte e quatro partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de trezentos e sessenta a setecentos e vinte dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação.


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