terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fábio Koff anuncia 'refundação' do Clube dos 13


Em Assembleia Geral realizada nesta terça-feira na sede do Clube dos 13, que contou com a presença de 20 agremiações, decidiu-se pela manutenção da entidade. Além disso, ficou acordada uma reformulação do estatuto, que será discutida por uma comissão formada por Flamengo, Grêmio, Sport, Portuguesa e Corinthians, este último como convidado, já que se desligou da entidade nesse ano.

- A data de hoje marca a refundação de uma instituição de longa história de serviços prestados ao futebol brasileiro - disse Fábio Koff, presidente da entidade.

A comissão vai discutir diversos pontos a serem reformulados no estatuto, sem uma prioridade definida. Até os assuntos mais simples serão discutidos, como a manutenção ou não da sede em Porto Alegre e a permanência dos três anos de mandato do presidente. Além disso, há a possibilidade de expansão do Clube dos 13 para 40 ou até 60 clubes. Também será esclarecida a questão da negociação dos direitos de transmissão, se serão negociados individualmente pelos clubes, ou se voltará a ser tarefa da entidade.

Oficialmente, Fábio Koff tratou a reunião desta terça-feira como uma “refundação” do Clube dos 13, mas internamente o acordo é tratado apenas como uma continuação. Na visão das pessoas próximas a Koff, não faria sentido manter o afastamento entre os clubes, sob a alegação de que “brigar sozinho pelos direitos é muito mais difícil”.

O compromisso do atual presidente em deixar o cargo dá fim ao impasse político que marcou a entidade em 2011. Até mesmo o Corinthians, que volta inicialmente como convidado, deve se reintegrar ao Clube dos 13 assim que as dívidas forem acertadas.

- Assim que os débitos forem quitados, convocarei novas eleições. Posso dizer que os problemas que enfrentamos ficaram para trás. Deixarei a presidência com o sentimento de dever cumprido.

A única preocupação se dá por conta do presidente Andrés Sanches, que deixará seu cargo no Corinthians para ser diretor de seleções da CBF. O temor é por um conflito de interesses em questões que envolvam a Seleção Brasileira e os clubes, por exemplo, na época de uma convocação durante uma disputa de Campeonato Brasileiro.



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