sábado, 17 de dezembro de 2011

Traffic impõe condição para fechar com Flamengo


A reaproximação do Flamengo com a Traffic e, consequentemente, a garantia de ter Ronaldinho em 2012 por meio da parceria dependem de uma condição imposta pela empresa ao clube: dar exclusividade ao parceiro na captação de patrocínio.

Isso quer dizer que a Traffic não quer a 9ine à frente das negociações para vender o espaço principal da camisa rubro-negra. Ou seja, caso as partes cheguem a um acordo, o Fla teria de abdicar da renovação com a Procter & Gamble que vem sendo conduzida pela empresa de Ronaldo Fenômeno. Por ora, não há proposta, apenas conversas.

Na reunião que aconteceu na quinta-feira, em São Paulo, na sede da Traffic, os executivos do grupo deixaram o acordo encaminhado e avisaram a Michel Levy, vice de finanças e representante do Fla no encontro, que a decisão, agora, está nas mãos do clube.

O Flamengo estipula conseguir R$ 25 milhões para ceder o espaço da frente e das costas de sua camisa em 2012. O valor, por sua vez, é inferior à perspectiva inicial de Fla e Traffic quando contrataram Ronaldinho, em janeiro.

A expectativa era conseguir o mínimo de R$ 30 milhões. O que fosse arrecadado a mais, seria dividido entre as três partes. Esse acordo, porém, jamais foi oficializado.

É justamente o percentual da Traffic na venda da propriedade da camisa que os parceiros costuram. Inicialmente, haveria a redução do piso para a partilha.

Outra alternativa seria o grupo ganhar um percentual como a intermediária do negócio. Foi o que aconteceu com a 9ine, que recebeu R$ 900 mil de comissão pelo acordo selado com a P&G, em agosto. O valor total do patrocínio para o período de quatro meses foi de R$ 6,6 milhões. O Fla ficou com R$ 5,7 milhões.

Sócio-torcedor em pauta
Outra questão pendente entre Flamengo e Traffic diz respeito ao projeto sócio-torcedor. Atualmente, existe o Cidadão Rubro-Negro, que tem cerca de cinco mil sócios, mas está abandonado.

Em uma nova versão, ele se chamará Sócio Rubro-Negro e será administrado pela Traffic. O grupo cuidaria da distribuição e venda de ingressos e também da exploração comercial do projeto, eliminando esses custos que, hoje, são da responsabilidade do Fla. A empresa, então, receberia um percentual sobre os lucros.

Por meio desse projeto, o torcedor do Fla terá um cartão de afinidade pelo qual terá direito à compra de ingressos para os jogos.

Salário de R 10 será quitado
Caso as partes cheguem a um acordo nos próximos dias, a Traffic garantiu ao Flamengo que efetuará o pagamento dos quatro meses de parte do salário de Ronaldinho que está suspensa.

A empresa explicou ao clube que os cerca de R$ 3 milhões pendentes serão quitados após assinatura do contrato que oficializa a parceria pelo jogador.

O comunicado também será feito a Assis, irmão/empresário de Ronaldinho. Foi por meio dele que a empresa firmou o contrato que garante à Traffic o direito de usar a imagem do camisa 10.

Dos R$ 1,2 milhão que o atacante recebe por mês, R$ 750 mil são de responsabilidade da Traffic. No total, incluindo os impostos, o grupo chega a desembolsar R$ 1 milhão. Os outros R$ 450 mil são pagos pelo Flamengo. Desse montante, R$ 200 mil são referentes a luvas para Ronaldinho.


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