segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

De Sucre a Potosí: o caminho ao local da estreia na Pré-Libertadores


É por uma estrada sinuosa, de mão dupla e com 164 quilômetros de extensão que passa o destino do Flamengo na Libertadores da América. Na quarta-feira, às 21h50m (de Brasília), o Rubro-Negro inicia a disputa por um lugar na fase de grupos em Potosí, na Bolívia, a 4.000 metros de altitude. O Real Potosí, assim como na edição de 2007, é o adversário.

Placa Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com) 
 Placa na chegada a Potosí dá as boas vindas aos visitantes (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Para chegar ao estádio Vitor Agustín Ugarte, local do confronto, a delegação partirá em comboio de Sucre, cidade escolhida para a adaptação à altitude por se situar a 2.800 metros acima do nível do mar. Serão duas horas e meia de viagem. Neste domingo, o clube realizou um teste. Jogadores, membros da comissão técnica e equipe de apoio fizeram o percurso num comboio com 14 utilitários com tração nas quatro rodas. 

Escoltados pela polícia e os bombeiros bolivianos, chegaram sem problemas para o reconhecimento do palco do confronto.

A reportagem do GLOBOESPORTE.COM também viajou e mostra alguns detalhes do caminho:

Estrada Sucre Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Estrada 

Os 164 quilômetros da estrada estão bem conservados. Jornalistas que estiveram em Potosí em 2007 dizem que as condições de tráfego melhoraram. O percurso é cheio de curvas e em vários pontos não há acostamento, mas o asfalto é liso em praticamente todo o trajeto. A sinalização é precária. À noite, o movimento é reduzido, pois não há um posto de combustível sequer. Para percorrer o trajeto, gasta-se para ida e volta um total 18 bolivianos (cerca de R$ 4,50) em pedágio.



Transporte

Airton Flamengo Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
Há cinco anos, para jogar contra o Real Potosí pela primeira fase da Libertadores, o Flamengo viajou em ônibus mal conservados. Desta vez, foram utilizados veículos utilitários com tração nas quatro rodas. A viagem da nossa reportagem, realizada em carro comum, durou duas horas e meia. A chuva intensa atrapalhou na parte final. À noite, o retorno ocorreu sob chuva forte e neblina.






Paisagem 

Rio Pilcomayo Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Com uma hora de viagem, antes da metade do trajeto, há um ponto de observação da paisagem, emoldurada pela Cordilheira dos Andes. Por ali, turistas param para registrar a passagem pela cabeceira do Rio Pilcomayo, que corta a América do Sul e desemboca em Mar del Plata, na Argentina.


Destino

vista chegada Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)
A cidade de Potosí é a capital do departamento de Potosí e da província de Tomás Frías. Sua população, de acordo com o último censo, realizado em 2009, é de 194.298 habitantes. O local fica 4.000 metros acima do nível do mar.

Na chegada à cidade, é possível avistar ao longe o estádio Victor Agustín Ugarte, local do jogo desta quarta-feira entre Real Potosí e Flamengo, pela fase preliminar da Taça Libertadores da América.




Estádio


Estádio Victor Agustin Ugarte Potosi (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Assim como a estrada que liga Sucre a Potosí, o estádio passou por melhorias. Diferentemente de 2007, está com cobertura praticamente completa. Agora, há camarotes e cabines de imprensa mais modernas. Foram colocados à venda 25 mil ingressos para a partida.

Depoimento

Renato, meia do Flamengo: "Passou um filme da viagem de 2007. Naquela época, chegamos em cima da hora (dois dias antes). Acabamos sofrendo mais do que deveríamos. O percurso é o mesmo, sem nada, mas desta vez viemos um pouquinho antes. Foi um jogo inesquecível, a zero grau. Conseguimos reagir quando estávamos perdendo por 2 a 0 e empatamos. Muitos jogadores tiveram falta de ar, como eu, Renato Augusto, Renato Silva, Obina. Até nosso roupeiro se sentiu mal".






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