sábado, 28 de julho de 2012

Renato traça passo a passo modesto para o Fla: 'Primeiro é vencer'



Renato Abreu, Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Quinze pontos atrás do líder Atlético-MG e a oito do Grêmio, o último time do G-4. Estacionado no meio da tabela do Campeonato Brasileiro, o Flamengo tenta se mexer. O primeiro passo da diretoria foi a troca de técnico. Saiu Joel Santana, chegou Dorival Júnior. Contratado na quarta-feira, ele comandou a equipe do banco de reservas na quinta. No empate sem gols com a Portuguesa, diagnosticou muito mais defeitos do que virtudes. A avaliação do desempenho do time foi dura e negativa. Dorival, inclusive, deixou claro que quer reforços, ainda que sejam das Séries B e C.

Os jogadores do Flamengo têm dificuldades para definir o papel do clube na competição. O discurso do diretor de futebol Zinho é cauteloso, mas confiante. Ele acredita que a conquista da vaga na Libertadores 2013 é possível. Renato pensa de maneira parecida, mas vai ainda mais devagar.

- O papel do Flamengo no campeonato primeiro é vencer (o que não ocorre ha três rodadas). Depois, o segundo plano é poder chegar ao pelotão da Libertadores, e o terceiro brigar por título. Não adianta dar um passo maior que a perna. É trabalhar com calma, ter humildade de saber que é uma situação difícil. A gente precisa crescer. Tem que ser passo a passo. Não adianta passar do limite. É vencer o primeiro jogo, o segundo, e ganhar confiança para chegar ao pelotão da frente.

O caminho é longo, mas Renato não descarta um arrancada como a de 2009. Ele não estava no clube, mas viu o Flamengo superar os concorrentes na reta final e conquistar o título brasileiro.

- É distante, a distância é grande, mas o Flamengo já mostrou que é capaz. Vocês lembram em 2009 como foi. Tinha um time na frente, que era o Palmeiras, e o Flamengo foi chegando, chegando, e conquistou o título. A gente tem que fazer dessa forma. É diferente hoje, são outros jogadores, mas é uma coisa que temos de seguir como exemplo.

Dorival Júnior é o terceiro técnico do Flamengo no ano, o sexto da gestão de Patricia Amorim, iniciada em 2010. Renato reconhece que a troca constante atrapalha.

- O futebol brasileiro tem a cultura de que as coisas têm que acontecer rapidamente. Futebol às vezes é de médio a longo prazo. O Flamengo trocou três treinadores nessa temporada (Vanderlei Luxemburgo e Joel Santana foram os outros). Para os jogadores, fica complicado. Quando você começa a entender o sistema tático, ainda não está dando o resultado esperado, aí troca. A gente acaba não se adaptando.

Dorival terá pouco tempo para armar o time que enfrenta o São Paulo, neste domingo, no Morumbi. O último treino antes da viagem à capital paulista ocorre na manhã deste sábado, no Ninho do Urubu.
 


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