sábado, 1 de setembro de 2012

Cáceres sonha em ser um ídolo do Flamengo


Especial Cáceres (Foto: Alexandre Loureiro)Antes de acertar com o Flamengo, Victor Cáceres jogou durante sete anos e meio no Libertad (PAR), até então único time profissional da carreira e, desde 2007, é titular da Seleção do Paraguai. Com longa história no futebol paraguaio, o experiente jogador, de 27 anos, acredita que está preparado para agora fazer história no Brasil. Em entrevista exclusiva ao LANCENET!, Cáceres fala da conturbada transferência, o motivo de ter escolhido o Flamengo e sobre os sonhos que ainda quer realizar com a camisa rubro-negra.

Após quase oito anos como titular no Libertad e seis na seleção paraguaia, você se considera um ídolo?
Já tenho uma grande história no futebol do Paraguai, mas ainda não me considero um ídolo. Sonho ser, mas por enquanto não sou. Preciso continuar o meu trabalho para quem sabe um dia alcançar esse status.

O que fez você largar toda essa grande história no Paraguai para jogar aqui no Brasil?
Sempre joguei no Paraguai e cheguei num ponto de não aguentar mais. Lá eu tinha uma boa vida, mas faltava uma transferência no meu currículo. O Libertad queria que eu ficasse, mas não dava. Minha carreira por lá tinha que terminar para jogar no exterior.

Para acertar com o Flamengo, você sofreu ameaça de não ser mais convocado para a seleção paraguaia. Ficou magoado?
Fiquei. Eu era um jogador livre, não tinha porque atrapalharem a minha vida. Devo muito ao Libertad pela pessoa que hoje sou, quero me aposentar lá, mas só irei se os dirigentes atuais não estiverem mais no comando do clube.

Por que escolheu o Flamengo para esse novo desafio na vida?
Fiquei seduzido pelo Flamengo. É uma Instituição muito grande, conhecida a nível mundial. Quando cheguei, os companheiros me ajudaram muito. Não pensava que encontraria um elenco tão unido. Estou feliz por estar aqui.

Paraguaios como Reyes e Gamarra viraram ídolos do Flamengo. Acha que pode virar também?
Virar ídolo é uma consequência do trabalho. Claro que sonho ser ídolo, mas acredito que primeiro tenho que trabalhar forte e mostrar o meu valor. Quero marcar o meu nome na história do clube. Caso eu vire ídolo ficarei feliz.

Como definiria o Flamengo?
É um clube muito guerreiro. No Paraguai, eu sabia que o Flamengo era conhecido por sua raça dentro de campo, mas não tinha consciência de que era tão grande. E a torcida é gigante, maravilhosa.

Você já jogou cinco jogos e o Flamengo levou apenas um gol. Acredita ser indispensável?
Penso que qualquer jogador é bom. Agora temos uma equipe muito compacta. Qualquer jogador que entre na minha vaga, como o Aírton e o Amaral, jogará bem. Não me sinto indispensável.

Você tem uma boa média de passes e desarmes. Essa qualidade veio de infância ou foi aperfeiçoada com o passar do tempo?
Foi aperfeiçoada com o tempo. Sempre prezei o trabalho na minha vida. Minha vida é muito tranquila, até porque não sou muito de sair de casa. Acho que a dedicação que tenho no trabalho é um diferencial no meu perfil.

O que você pensou no jogo contra o Figueirense, quando estreou pelo Flamengo?
Eu pensei muito na vida. Tinha que começar tudo de novo. E só tinha em minha cabeça que tinha que jogar bem, porque o Flamengo é muito grande. Eu estava muito nervoso. Era tudo novo para mim. É a segunda equipe profissional da minha carreira. Por sorte, tudo saiu bem.

Ainda tem algum sonho?
Já conquistei vários sonhos na vida. Tenho uma esposa e filhos lindos, joguei a Copa do Mundo da África, cheguei na final da Copa América. Agora sonho em marcar o meu nome na história do Flamengo. Conquistar um título, chegar na Libertadores, quem sabe até no Mundial.




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