sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Pouco tempo, muito trabalho: Dorival diz que sofre com intensa sequência


Dorival Junior, Flamengo (Foto: Mauricio Val / Vipcomm)
Os poucos cabelos escuros que restam ao grisalho Dorival Júnior correm sério risco de desaparecer no mês de setembro. Neste sábado, contra o Coritiba, no Paraná, o Flamengo inicia uma sequência de jogos no Campeonato Brasileiro que é considerada decisiva pelo treinador para determinar o rumo do time no segundo turno da competição. Depois, virão Santos, Grêmio, Atlético-GO, Atlético-MG e Fluminense. Metade desses adversários briga para fugir do rebaixamento, metade está na disputa pelo título.

- É o que nós colocamos para os jogadores, que este mês é o diferencial do campeonato, principalmente por essas oscilações que estamos apresentando. O que vai nos dizer o que será de nós no campeonato é essa sequência. Esperamos alcançar a melhor colocação possível, mas temos de ser realistas. Já estivemos um pouco mais próximos da parte de cima, agora estamos mais longe, mas esperamos voltar a nos aproximar – disse o técnico.

Depois de um início de trabalho animador, de evolução da equipe, Dorival tem enfrentado problemas para manter o grupo em crescimento. O técnico diz que os desfalques e o intervalo curto entre as partidas são os principais complicadores. O Rubro-Negro não vence há quatro rodadas, é apenas o 13º na tabela e tem 27 pontos – com um jogo a menos (enfrentará o Atlético-MG no dia 26, em jogo adiado da 14ª rodada).
 
- Nesse instante perdemos o Renato (lesão no joelho direito), além desses jogadores que saem para as seleções (González e Cáceres), a formação fica diferente de uma partida para a outra, além de uma ou outra suspensão. Isso acaba comprometendo a nossa equipe, que estava num processo de transição. Isso tem nos custado um encontro de equilíbrio mais rápido. Dentro do que observo, houve melhora no tempo que nós tivemos uma semana inteira para trabalhar. Nesse período os jogos em sequência nos tiram essa possibilidade, mas temos de conviver. Sabemos que a rodada seguinte passa a ser a mais importante depois daquilo que deixamos nas útimas três (empate com Sport e derrotas para Inter e Ponte Preta). Estou há quarenta dias no clube, estou começando a conhecer as características. Se tivéssemos a semana para trabalhar, estaríamos bem adiantados em relação a tudo isso. Esses jogos às quartas e aos domingos dificultam sobremaneira para que você possa corrigir e buscar uma melhora da equipe.

Contra o Coritiba, Dorival manterá o esquema 4-4-2 da derrota por 1 a 0 para a Ponte, mas vai fazer mudanças em todos os setores. Na zaga, sai Thiago Medeiros. Airton e Frauches disputam a vaga ao lado de Welinton, com mais chances para o primeiro. No meio, Amaral dá lugar a Muralha na função de primeiro volante. No ataque, Negueba vai substituir Liedson, que nem relacionado foi e ainda precisa melhorar o condicionamento físico. A escalação: Felipe, Léo Moura, Welinton, Airton (Frauches) e Magal; Muralha, Ibson, Luiz Antonio e Bottinelli; Negueba e Vagner Love.

- O esquema que estávamos usando (com dois pontas e um atacante) é o que sempre quis ter, mas estou sentindo que a equipe está encontrando dificuldades. Acredito nesse tipo de formação, mas tenho de encontrar os jogadores ideais.

Do jogo contra o Figueirense até o confronto com o Inter, Dorival apostou na formação com três atacantes, com Negueba aberto pela direita, Vagner Love centralizado, e Thomás na esquerda.


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