quinta-feira, 18 de abril de 2013

Por maior evolução, Rafinha tenta aliar o talento com eficiência tática

Mais do que arrancadas e dribles. Inteligência no lugar de velocidade. Jorginho tenta fazer com que Rafinha se reivente, com que aumente seu repertório e seja mais completo para o Flamengo. O atacante, que começou a ouvir isso do ex-técnico Dorival Júnior, tenta ganhar cada vez mais alternativas para fugir da marcação adversária e contribuir para que o time crie e produza mais. Na avaliação o treinador rubro-negro, o jogador conseguiu ser mais eficiente do que envolvente nas vitórias contra Fluminense e Remo. Se esteve discreto no clássico, apesar de ter sofrido um pênalti, diante dos paraenses Rafinha sobrou.

Na avaliação do técnico, o garoto de 20 anos começa a assimilar a ideia de que precisa aliar técnica e inteligência.  
       
- O Rafinha está entendendo que não basta ser aquele Rafinha que parte para cima. Ele tem que ser taticamente importante. E ele está entendendo isso. Tem momentos que ele consegue recuperar a bola na marcação. O Renato (Abreu) está fazendo a saída pelas laterais, e Rafinha e Gabriel fazem o meio. Ele entende que não basta ficar parado de um lado, que tem que se mexer, e isso facilita tudo. A penetração dele na diagonal está liberando muito o Léo (Moura) para passar e está facilitando o trabalalho naquele lado.

Depois de ser a sensação da Taça Guanabara, quando o time fez a melhor campanha da fase classificatória, Rafinha caiu de rendimento com a equipe. Não conseguia mais ser envolvente, tornou-se presa fácil para marcadores famintos. Perdeu a paciência com as faltas e com a arbitragem. Torno-se comum para a equipe. Nas duas últimas partidas, começou a retomar o protagonismo, que Jorginho relaciona ao crescimento de Gabriel. 

- Ajuda muito, ou fica uma carga muito grande em cima de um atleta – comentou.

Em 17 partidas pelo Flamengo no ano, Rafinha tem três gols. Dos 29 gols do time em 2013, seis foram assistências do atacante. Jorginho acredita que a promessa começa a entender o sentido da coletividade.

- É algo que a gente tem trabalhado, que procuramos despertá-los para isso. Futebol é coletivo, todos têm que dar 100%. Quando isso acontece, existe cumplicidade, não tenha dúvida que a coisa melhora. É a solidariedade.

Depois de dois jogos e cinco dias em Pinheiral, o Flamengo volta a treinar no Rio na tarde desta quinta-feira, às 15h30m, no Ninho do Urubu. No sábado, o time enfrenta o Macaé, em Macaé, e fecha sua participação no Carioca.

Rafinha, Flamengo x Remo (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem) 
 
Rafinha comemora o primeiro gol do Fla, a partir de passe seu (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
 
 

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