quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Fla, sobre ação do Procon: 'Parece o que acontecia no regime militar'


Eduardo Bandeira de Mello coletiva Flamengo (Foto: Gustavo Roststein)Na tarde desta quarta-feira, o Flamengo se pronunciou de forma oficial sobre a polêmica do preço dos ingressos para a decisão da Copa do Brasil, diante do Atlético-PR, no Maracanã, e o episódio envolvendo a ida de representantes do Procon à sede na parte da manhã. O caso terminou na polícia.

Presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello - que considera justo o preço, dada a importância do jogo - condenou a ação do Procon realizada na sede do clube.

- O Flamengo respondeu a tudo que foi indagado. Não compareceu, mas mandou ofício. Pela arbitrariedade, se compara ao que acontecia no regime militar, nada comparado a levar um menino do Flamengo que estava fazendo sua obrigação. O Bernardo (Accioly, diretor jurídico), que está lá, e não foi liberado pois chegou lá, e foram almoçar. Deixaram ele lá. Felizmente foi assistido pelos advogados, mas essas coisas acontecem quando é o Flamengo. As pessoas querem aparecer.  Provavelmente seria eu no lugar dele (Bernardo), mas eu não estava. É arbitrariedade. Ninguém pode prender ninguém dessa maneira. Onde estamos? - questionou Bandeira

Diretor de marketing do Flamengo, Fred Luz também se pronunciou sobre todo o problema:

- Eu não estava aqui (na hora da ação do Procon). O Flamengo foi invadido, pessoas entraram aqui na marra, sem autorização. É uma injustiça realmente. Os preços aumentaram, mas final é diferente, vale sempre mais. Temos muitos exemplos. Passagens aéreas 6h da manhã custam um quinto do preço de uma que é à noite. 

Aposta no Maracanã cheio

Fred Luz foi além:

- Eu acho que a polêmica é grande, está sendo politizada, desnecessariamente, não deveria ser assim, mas o torcedor do Flamengo sabe bem. Até esse momento de ano duro do Flamengo, ninguém veio ajudar a pagar os salários dos jogadores, ninguém veio ajudar o clube a se recompor financeira e politicamente. Uma pena que o futebol esteja sendo comandado por manipuladores para tirar valores do Flamengo. Estão fazendo demagogia e populismo barato - afirmou o diretor.

O dirigente disse que, apesar de todos os contratempos, o Maracanã estará lotado no jogo de volta, no dia 27. A carga total de ingressos será de 72.301 (incluindo gratuidades e entradas para a torcida do Furacão):

- Apesar de toda essa gritaria, os ingressos vão esgotar.

Eduardo Bandeira de Mello apresentou outras alegações diante da polêmica dos ingressos. Leia abaixo:

Compra de Elias
- A contratação do Elias depende de recursos, e a renda vai ajudar muito. Não vai ser com a renda que vamos contratar, mas também vai ajudar. Tudo isso faz parte de uma política de geração de recursos. Estão tentando nos impedir da maneira covarde.

 Procon
- Nós vamos nos defender pois temos a razão, que está do nosso lado. Achamos que era suficiente responder por documento. Está tudo respondido lá. Não vamos dar palco para quem quer aparecer. Só não vamos entregar documentos cobertos por confidencialidade. De repente pediram documentos do ano passado e retrasado, que não tem nada a ver com o que é tratado no momento. Nessa hora o Flamengo é notícia, palco para aparecer.

Preço justo
- É a única chance que temos de ter recursos não onerosos para pagar os compromissos e temos direito de fazer isso. Os verdadeiros rubro-negros estão nos apoiando. Precisamos pegar os impostos em dia. É um preço justo para ser praticado nesse momento.

Meia-entrada
- Para grande parcela da torcida, cobrar R$ 10 no Maracanã continua sendo caro, até porque para pagar transporte boa parte vai ter dificuldade. Mas boa parte vai entrar de graça, e a maioria vai pagar R$ 75, que é o sócio-torcedor com direito a meia-entrada. No Rio, 80% dos ingressos são de meia. Nós precisamos muito desses recursos para pagar os compromissos, temos direito de fazer e não podemos ser vítimas de arbitrariedade.

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