segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Joias 2014: Caio Rangel, inspirado em CR7, é a bola da vez na fila do Fla




A história é repetida no Flamengo. Com um lema que prega a formação de craques nas categorias de base, o clube sempre tem uma nova aposta para encher de esperança o torcedor. Nos últimos anos, porém, a expectativa não foi suprida. Desde Renato Augusto, em 2006, nenhuma prata da casa rubro-negra teve participação de protagonismo entre os profissionais - Luiz Antonio foi quem mais se aproximou disso. Não foram poucas as tentativas, Adryan e Rafinha são as decepções mais recentes. Mas no Flamengo sempre tem alguém na fila. E o nome da vez na Gávea é o de Caio Rangel.

Presença constante nas seleções de base, o atacante de 17 anos disputou o último mundial da categoria e foi titular na equipe comandada por Alexandre Gallo. Veloz e habilidoso, chama a atenção pela facilidade na finalização e é o grande nome do Flamengo que disputará a partir de janeiro a Copa São Paulo de futebol júnior. O time profissional ainda é um sonho, mas Caio sabe que o objetivo está logo ali, pertinho, e não faz questão de apressar as coisas.

- Subi agora para os juniores, mas já penso no profissional. Desde o juvenil, venho fazendo bons campeonatos, e a expectativa é boa. Confio em Deus que meu sonho vai ser realizar e não vou desistir. Falta só um passo. Não posso apressar as coisas. Se apressar, nada dá certo. Tenho que ter calma e sabedoria nesta fase. Até 2015, acredito que vou estrear no profissional. Tenho que ter calma. Não posso acelerar.

Desenvolto, Caio Rangel lida com a expectativa em torno de seu nome com a mesma naturalidade com que encara os zagueiros adversários. Ciente de que o Flamengo carece de grandes revelações, já se prepara para encarar a pressão que o aguarda.

- Tenho uma família muito bem estruturada e que mantém os meus pés no chão. Desde pequeno, soube lidar com pressão. Cheguei ao Flamengo no pré-mirim, com 11 anos, e sou um moleque tranquilo. Nunca fui nervoso, mesmo nas decisões, em finais, semifinais. Por isso, decidi na maioria das vezes. A pressão quando subir existe, é natural, mas não vou sentir tanto por estar há muito tempo no Flamengo.

Se o profissional é o sonho, os juniores são a realidade. E Caio Rangel sabe que, no último degrau antes do time de cima, a visibilidade e as cobranças já serão maiores.

- Às vezes, fico na cama pensando como vai ser na hora que chegar ao profissional, que tudo vai ser diferente, difícil, mas mantenho a calma. Agora, nos juniores, a cobrança será diferente. Lido bem com isso. É até bom para valorizar a nossa profissão e não ver outra coisa que não seja futebol. É muito gostoso ser jogador, mas tem que ter compromisso.

Caio Rangel se define como um jogador agudo, que gosta de se movimentar e chegar com potência na área. Características comuns àquele que é seu maior ídolo: Cristiano Ronaldo.

- Sou ousado. Gosto de ir para cima dos marcadores, dou passe, finalizo bem. Os técnicos na maioria dizem isso. Jogo mais de meia e chego no ataque com qualidade. Dentro do Flamengo, me inspiro no Elias. É uma posição diferente da minha, mas vejo a entrega dele ao clube, ao time, tem muita raça. No futebol em geral, me inspiro no Cristiano Ronaldo, sem dúvida. É o melhor do mundo. Não joga como fixo na área, mas chega para finalizar com muita qualidade.

Por fim, Caio Rangel, que tem contrato até janeiro de 2015, sabe que a Copa São Paulo que vem pela frente será o primeiro cartão de visitas dele para muitos torcedores do Flamengo. Apesar do histórico na seleção, será a primeira grande disputa com transmissão pela TV com a camisa rubro-negra, e o atacante promete não decepcionar.

- Tenho noção da importância desta competição. Muitos rubro-negros estarão na frente na TV. A nação é grande. Os treinadores também vão acompanhar, o Jayme, e vão ver o que posso render e melhorar. Vai ser bom para crescer. A expectativa é muito boa.

O Flamengo está no Grupo I da Copa São Paulo, ao lado de Santo André (SP), Aquidauanense (MS) e Noroeste (SP). A estreia é contra o Ramalhão, dia 3 de janeiro, em Bauru.


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