sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Vice do Fla rebate Luiz Antonio: 'Se jogar mal, podemos reduzir o salário?'



O fato de o volante Luiz Antonio ter acionado o Flamengo na Justiça, cobrando vencimentos supostamente atrasados - que inclúem férias, luvas e premiações -, causou desconforto na diretoria rubro-negra. De acordo com Rodrigo Tostes, vice de finanças, o clube tem cumprido com tudo o que está no contrato do jogador. Além disto, ele reclamou do pedido de aumento do atleta. Segundo o dirigente, o Flamengo não teria o direito de reduzir o salário de Luiz Antonio, caso ele jogasse mal durante a temporada.

- O imponderável é que quando um jogador vai bem, ele exige uma renovação para ganhar mais. Mas quando ele vai mal, o clube não pode discutir um salário menor para o ano seguinte. O que quero deixar claro é que estamos cumprindo o que o contrato pede. Na visão do Flamengo, isto é um absurdo. O que vale para o jogador tem de valer para o clube - disse o vice de finanças, em entrevista à Rádio Tupi.

Ainda em defesa do Flamengo, Rodrigo Tostes afirma que assim que a atual presidência assumiu o clube, em janeiro deste ano, todas as dívidas foram explicitadas em uma auditoria. E, segundo ele, Luiz Antonio não se encontra na lista dos jogadores com os quais o Rubro-Negro têm débito.

- Primeira coisa que o Flamengo fez quando essa nova gestão entrou foi fazer uma auditoria para levantar os débitos do passado. Levantamos todas as dívidas com todos os jogadores e o Luiz Antonio não consta nesta lista. O Flamengo não deve nada de 2013 ao jogador. O que me estranha é o jogador não procurar o Flamengo. Ele fez toda essa ação via empresário. O que queremos deixar claro para a torcida do Flamengo é que a Justiça vai comprovar isso que estamos falando - enalteceu o dirigente, que aproveitou para complementar:

- O Luiz Antonio tem o dever de se reapresentar no dia 8 de janeiro, assim como o restante do elenco. Se ele não cumprir com esta obrigação, o Flamengo irá atrás dos próprios direitos.

A ação de Luiz Antonio está perto da casa de R$ 10 milhões (quantia gerada devido à multa compensatória, que gira em torno de R$ 8 milhões - valor que significa 400 vezes o último salário do atleta, que recebe cerca de R$ 20 mil). O caso está sendo analisado na 16ª vara do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio de Janeiro. Em princípio, há uma audiência marcada para o dia 15 de janeiro.

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