quarta-feira, 2 de abril de 2014

Dívida dos clubes com o Banco Central chega a R$ 242 milhões


O débito que 23 times do futebol brasileiro têm com o Banco Central, cujo valor era, originalmente, R$ 81 milhões, aparece na casa dos 242 milhões. Isso significa um aumento aproximado de 198% do montante inicial. Em execução, o bolo é de R$ 115 milhões.


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A origem da dívida está nas multas aplicadas por irregularidades praticadas em transferências internacionais de jogadores, como, por exemplo, uma transformação indevida de valores em outras moedas para o Real.

O Top5 do histórico do Banco Central tem Grêmio (com R$ 92,8 milhões), Paraná (R$ 25,8 milhões), Internacional (R$ 16,5 milhões), Sport (R$ 11,8 milhões) e Coritiba (R$ 11,3 milhões).

O cenário atual da dívida ativa dos clubes junto ao Banco Central foi entregue pelo próprio órgão à Comissão do Proforte da Câmara dos Deputados, que tenta desenvolver um projeto de quitação do débito das equipes junto à União.

– É um débito que tem que ser pago, indiscutivelmente. Vivemos em um momento no qual não pode haver mais escamoteamento de informações na contabilidade dos clubes. O problema foi criado porque omitiram informações ao Banco Central – afirmou ao LANCE! o deputado federal Otávio Leite (PSDB-RJ), que é relator da Comissão do Proforte.

Na visão do parlamentar, o volume de dívidas deixa claro um problema de conduta dos dirigentes dos clubes brasileiros:

– É inadmissível que isso aconteça. Mostra que há uma falta de transparência na gestão dos clubes.


VERSÃO DO ATLÉTICO-MG

O Atlético-MG emitiu uma nota oficial argumentando que não se enquadra mais no cenário descrito pelo documento enviado à Comissão do Proforte da Câmara dos Deputados. Segundo dados do BC, o Galo inicialmente teria, em valores atualizados de fevereiro deste ano, cerca de R$ 8 milhões de dívida. Mas a diretoria do clube informou que o débito foi julgado improcedente pela Justiça Federal. Sem a dívida do Galo, o montante devido pelos clubes cai de R$ 242 milhões para R$ 234 milhões.

O texto diz que "diferentemente do que foi noticiado em relação ao Atlético, as multas aplicadas pelo BACEN foram julgadas improcedentes pela Justiça Federal, decisão confirmada em grau de recurso pelo Tribunal Regional Federal, em Brasília. Aliás, neste processo, o BACEN foi condenado ao pagamento de honorários advocatícios ao Atlético, sendo o Clube credor, e não devedor daquela instituição".

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