terça-feira, 22 de abril de 2014

Flamengo corre para colocar no papel acertos com Arthur, Marcelo e Henrique


Henrique Portuguesa (Foto: Rodrigo Gazzanel / Ag. Estado)
Cofre fechado. O torcedor do Flamengo que espera reforços de peso para o Brasileirão terá que se contentar com o elenco atual para fazer uma boa campanha na competição e na Copa do Brasil. Com a eliminação na Libertadores e a série de reforços contratados no início da temporada, a torneira rubro-negra foi fechada para investimentos até de médio porte. Com isso, o clube corre para colocar no papel os acertos com Arthur, Marcelo e Henrique, praticamente definindo assim o grupo para as oito rodadas restantes até a paralisação para Copa do Mundo. Internamente, o discurso é de que "só uma oportunidade muito boa" mudaria o posicionamento. Leia-se: um nome reconhecido com custo baixo.

Como tem sido costume desde o início da gestão Eduardo Bandeira de Mello, todas as ações do futebol acontecem em consenso com o departamento de finanças. E o vice-presidente da pasta já mandou o recado: não há verba para contratações no momento. Com isso, o Flamengo se dá por satisfeito com apostas. Arthur, ex-Londrina, será o primeiro a chegar e a expectativa é que desembarque no Rio de Janeiro na quarta-feira para exames médicos, se apresentando no dia seguinte no Ninho do Urubu.

Já as situações de Marcelo e Henrique também estão muito próximas de um desfecho. Ambos têm um acordo verbal com o Rubro-Negro, que deixou passar o feriadão para oficializar as transações a partir desta terça-feira. Há possibilidade de que o zagueiro, vindo do Volta Redonda, e o atacante, ex-Portuguesa, cheguem nos próximos dias, mas a diretoria mantém a paciência e estica o prazo até a próxima semana para que tudo seja formalizado. Todos os três reforços chegam por empréstimo até o fim do ano e com preço de parte dos direitos econômicos estipulado.

Em reuniões para avaliação do elenco, diretoria e comissão técnica identificaram a necessidade de contratar um volante que alie forte marcação e qualidade na saída de bola, além de um meia que pense o jogo, conforme Jayme de Almeida revelou em entrevista ao GloboEsporte.com. O sonho, por sua vez, é a chegada de nomes com maior rodagem no mercado, o que esbarra na realidade econômica do Flamengo. Apesar da carência, a direção não abre mão de manter a política que prioriza a saúde financeira, como garantiu Rodrigo Tostes.

- Não faremos loucuras e nem vamos comprometer todo projeto que temos para manter as contas em dia. Por exemplo, perder a Libertadores e contratar um monte de jogador. Isso não vai acontecer - disse o vice de finanças semanas antes da derrota para o León, no Maracanã.

Na ocasião, o dirigente revelou que o planejamento previa que o clube chegasse ao menos nas quartas de final, oxigenando os cofres com rendas e premiações. Com a queda precoce, a estimativa é de que o Fla tenha deixado de lucra até R$ 10 milhões. Ainda na condicional, Tostes deixou claro que a eliminação influenciaria diretamente no restante da temporada.

- Teríamos que fazer uma engenharia para compensar esse valor, ou através da redução de custos ou aumento de receita. Um lado vai sofrer para mantermos as contas em dia. Caberia a nós traçar prioridades. Não arrecadar o que prevíamos coloca as contas do Flamengo em risco (...) Tudo teria que ser recalculado. Teríamos que decidir onde cortar.

Jovens de saída para enxugar elenco

Com as iminentes chegadas de Arthur, Marcelo e Henrique, o Flamengo passa a ter 38 jogadores em seu elenco. O desejo, no entanto, é reduzir este número para cerca de 30 emprestando jovens que não fazem parte dos planos de Jayme de Almeida. um desses nomes é Rodolfo, que negocia a ida por empréstimo para o Bahia. Na fila estão Digão, Frauches, Fernando, Mattheus e Igor Sartori. Até mesmo Muralha, Nixon e Negueba, que foram mais utilizados no início do ano, podem seguir outros caminhos por empréstimo caso apareçam ofertas interessantes.



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