sexta-feira, 30 de maio de 2014

Banco de peso: reservas deixam ego de lado e ajudam Flamengo a chegar à final

Nico Laprovittola, Marcelinho, Marquinhos, Olivinha e Jerome Meyinsse. O quinteto titular do Flamengo nesta temporada está na ponta da língua de qualquer torcedor um pouco mais familiarizado com o basquete do clube. Tachado pela maioria dos especialistas e adversários como o mais forte entre as 17 equipes participantes deste NBB, os titulares são responsáveis por colocar o atual campeão nacional em sua segunda final consecutiva. Mas não são os únicos.

Mais do que os cinco principais, o técnico José Neto tem um elenco cheio de opções. Sentados no banco, Gegê, Washam Jr., Shilton e Cristiano Felício dão conta do recado quando vão para a partida. Às vezes, são até heróis de vitórias, como no caso do jovem pivô, que meteu a cesta decisiva no terceiro duelo com o Mogi das Cruzes, atuando em São Paulo, pela semifinal. Na ocasião, o chute de média distância, certeiro para dois pontos, deu a vantagem na série a favor dos cariocas.

Banco do Flamengo Basquete (Foto: André Durão) 
Washam Jr., Shilton, Gegê e Cristiano Felício: força que vem do banco de reservas (Foto: André Durão)


- Ter um banco forte é fundamental. Não consigo ver uma equipe chegar à final com cinco jogadores. Acredito no basquete coletivo, cada um sabendo da sua função, seu papel. Não importa se vão jogar um, dois, cinco ou dez minutos, o que vale é dar o melhor no tempo em que estão em quadra. Fazemos isso bem, assim como o Paulistano também faz. Dessa forma é que nós conseguimos nossos êxitos - elogiou o técnico José Neto.

O sucesso passa pela união e falta de vaidade do grupo. Se ficar na reserva no futebol, muitas vezes, é motivo de cara feia e intriga, no basquete existe até prêmio para o melhor sexto homem.

- Quando o grupo foi formado, sabíamos disso. Nosso grupo é forte e não tem preciosismo, ego ou vaidade. Essa é a nossa vantagem. Vindo do banco, nós temos a visão privilegiada de como está a partida, isso facilita - analisou Gegê, que chegou a ser titular no começo da temporada.

Com média de 21,9 pontos por duelo dos 83,9 que o Flamengo costuma fazer no NBB, este banco, que ainda conta com os jovens Diego Marques, Douglas, Danielzinho, Léo e o mais experiente deles, Chupeta, é exaltado da mesma maneira dos titulares.

- Não é só a importância que o Neto tem na gente, nós sentimos que esta confiança parte de nós mesmos, nos sentimos valorizados pelos companheiros e pelo treinador, desde os caras que decidem, como Marcelinho, Marquinhos e o Nico (Laprovittola), até o juvenil que completa o banco. O grande mérito é que não existe vaidade, ninguém se acha mais importante do que o outro. Quem entra, se sente importante, independentemente do tempo que joga. Quando acaba o jogo, todos são valorizados da mesma maneira. Isso é mérito do Neto e de sua comissão técnica, que montaram a equipe - pinou 
Shilton.

Banco do Flamengo Basquete (Foto: André Durão) 
O quarteto costuma manter nível satisfatório quando entram em cena (Foto: André Durão)

Na decisão, o treinador rubro-negro ainda terá um "reforço de peso" ao seu lado. Após mais de seis meses ausente das quadras, por conta de uma lesão no joelho, Benite está de volta para contribuir com sua experiência e técnica. Este é mais um trunfo da equipe, que tenta o tricampeonato da competição, o segundo de maneira seguida. 

O favorito Flamengo recebe o "novato" Paulistano na luta pelo troféu de melhor time do Brasil. O embate acontece às 10h10, na Arena da Barra, com exibição da TV Globo. A partir das 9h, o GloboEsporte.com, através do Tempo Real, traz todas as emoções direto do ginásio.

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