quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Bandeira de Mello minimiza aumento de ingressos: "Nem um cafezinho"


O aumento do valor dos ingressos do Flamengo para a partida contra o Corinthians, domingo, no Maracanã, em relação aos últimos jogos em casa gerou muitos efeitos colaterais. O torcedor protestou, uma crise política foi instalada internamente com opiniões discordantes, e o departamento de futebol ficou insatisfeito. Nada disso, porém, foi capaz de tirar a calma de Eduardo Bandeira de Mello. Primeira pessoa a comentar o caso em nome do clube, o presidente tratou a situação com naturalidade e minimizou o reajuste.

Depois de bater o recorde de público do Brasileirão na derrota para o Grêmio, o Fla aumentou o setor Norte, mais popular, em 25% (de R$ 40 para R$ 50), o Leste em 50% (R$ 60 para R$ 90) e o Sul em 75% (R$ 40 para R$ 70). Bandeira de Mello usou o fato de sócios-torcedores pagarem metade, além dos benefícios existentes no estado do Rio de Janeiro, para dar seu ponto de vista sobre a situação.

– É um jogo Flamengo x Corinthians, com um apelo muito grande, e fizemos um aumento evidentemente por isso, mas não nos afastamos da nossa promessa de praticar preços promocionais nos ingressos mais baratos. O aumento ali atrás do gol foi irrisório. Para quem é sócio-torcedor e paga meia, passou de R$ 10 para R$ 12,50. Não é nem um cafezinho de diferença. Aquela promessa de trabalhar com preços promocionais está mantida. Pode ser até que voltemos ao preço anterior. Isso tudo é questão de sentar, conversar e trabalhar. O fato é que precisamos do dinheiro, temos um déficit projetado entre R$ 23 e R$ 30 milhões, precisamos tirar o dinheiro de algum lugar.

 fila flamengo maracanã (Foto: Fred Huber)
O mandatário rubro-negro fez questão de frisar que a promessa de ingressos mais baratos foi feita somente para o setor mais popular do Maracanã (o Norte) e prometeu mantê-la até o fim do Brasileirão. Por outro lado, Bandeira de Mello lembrou que o Flamengo tem altos custos para atuar no estádio e chegou a dar a entender que há prejuízo para que estes preços sejam mantidos.

– É claro que precisamos da torcida. Estamos mantendo um preço abaixo do custo. Estamos pagando para o nosso torcedor atrás do gol. Vamos manter os preços promocionais até quando conseguirmos. Vai seguir sendo visto jogo a jogo, sempre foi assim. Tudo vai ser analisado, sabemos que temos uma promessa de praticarmos o preço baixo atrás do gol. Mas temos o nosso lado, que é chegar ao fim do ano pagando contas, jogadores, premiação. Temos que equilibrar as duas coisas: a vontade de agradar à torcida e de fazer caixa. Até porque, os credores estão batendo aí.

Crise? Para Bandeira, situação na Gávea é tranquila

Por fim, o presidente também tratou com naturalidade os questionamentos externos e internos a respeito do aumento. O vice de futebol, Alexandre Wrobel, por exemplo, é um dos que mais lutam pela volta dos preços dos jogos contra Botafogo, Sport, Atlético-MG, Coritiba e Grêmio. Esta, por sinal, foi uma de suas promessas quando assumiu o cargo.

– No Flamengo, tudo é superlativo. As coisas são sempre maximizadas. Acredito que tudo vá terminar bem, não vai ter problema nenhum. Alias, está tudo tranquilo – definiu Bandeira de Mello.

Para partida contra o Corinthians, os preços estão mantidos, mas há uma forte corrente dentro do Flamengo a favor de preços mais baixos para as oito partidas seguintes que o clube fará como mandante no Brasileirão. O próximo compromisso será contra o Fluminense, dia 21.



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