sábado, 11 de outubro de 2014

Na cola de Bolt: velocidade vira arma fundamental de Everton no Flamengo

Correr com a bola no pé é algo natural para o jogador de futebol. Mas atingir uma velocidade além do normal não é simples. A torcida do Flamengo já se acostumou a acompanhar as arrancadas de Everton que resultaram em gols para o time, alguns deles determinantes, como o marcado por Eduardo da Silva na vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba, pela Copa do Brasil – resultado que levou a decisão da vaga para os pênaltis, com classificação rubro-negra.
 
Everton já chegou a atingir a marca de 35k/h nesta temporada defendendo o Flamengo e transformou sua velocidade numa arma importante para o time. Para se ter uma ideia do ritmo alcançado por ele, o jamaicano Usain Bolt, recordista dos 100m rasos, chega a 44km/h.

– Ainda estou longe – brinca Everton, reconhecendo depois que tem um diferencial. – Mas é diferente. Com a bola, sou bem rápido.

O jogador tem consciência do seu papel no time. Desde as categorias de base, sua velocidade é alvo dos treinadores na hora de montar um sistema de jogo. Ele cresceu ainda mais depois de passar pelo futebol mexicano e pela Coreia do Sul.

– Sempre usei a velocidade, desde quando estava na base. Sou um jogador rápido e, com o passar dos anos, aprimorei a parte física. Fora do Brasil, trabalhei muito isso. Era muito franzino e estava sempre abaixo do peso – explicou Everton.

Everton, Flamengo x Emelec (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem) 
Quem segura? Com a bola no pé, Everton voa para o ataque (Foto: Alexandre Vidal/Fla Imagem)


O técnico Vanderlei Luxemburgo sabe usar a velocidade do jogador e costuma trocá-lo de lado dependendo do adversário. Everton não para em campo. E já chegaram a medir a sua quilometragem.

– Nunca mediram a velocidade, mas na Coreia do sul colocaram um chip para ver quanto eu corria no jogo. Deu 12 quilômetros. Tem sempre que ficar se movimentando para não ficar preso.

No grupo, todos sabem a importância de sua velocidade para que o time possa conseguir vitórias. O argentino Canteros afirmou anteriormente que o meio-campo precisava ser equilibrado para aproveitar essa característica de Everton.

– Ele fala comigo para ajudar na marcação, mas também que preciso estar bem fisicamente para atacar. Essa coisa de acompanhar o lateral, que é minha função, desgasta, por isso procuram ajudar – disse Everton.

Contra o Cruzeiro, domingo, às 16h, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, Everton mais uma vez estará em campo como aposta do torcedor e do treinador. No confronto contra o líder, sua velocidade será fundamental.

– E eles (torcedores) já esperam uma arrancada – brincou.

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