segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Destaques, Nixon e Pico vivem últimos meses de contrato com o Flamengo

A vida de jogador de futebol conta com preocupações além de apenas chutar uma bola. A carreira mais curta leva ao temor do desemprego precoce diante de um quadro no qual apenas um pequeno percentual da categoria recebe os salários astronômicos de grandes estrelas. Nixon e Anderson Pico estão vivendo essa situação em uma reta final de temporada com a camisa do Flamengo.

Autores dos gols da vitória por 3 a 0  sobre a Chapecoense, domingo, no Maracanã, pelo Campeonato Brasileiro, Nixon e Pico têm contrato até o fim do ano com o Flamengo. Com histórias diferentes, mas um mesmo objetivo, lutam para provar as condições de terem seus vínculos renovados para a próxima temporada.


Aos 22 anos, Nixon foi revelado pelo Flamengo e assinou seu último contrato em maio de 2012. Com 61 jogos pelo clube, chegou a 10 gols depois dos dois marcados contra a Chapecoense, seis deles nesta temporada. A boa sequência com Luxemburgo pode ajudar na sua manutenção. Ele, inclusive, é candidato a ser titular contra o Atlético-MG, quarta-feira, no jogo de volta da semifinal da Copa do Brasil.

- Tenho que fazer minha parte para ajudar a equipe. Estamos focados nesse jogo diante do Atlético-MG. É procurar descansar e trabalhar forte. Tenho amadurecido bastante, venho trabalhando e aproveitando. O professor vai optar pelas posições. Eu vou procurar manter a calma para aproveitar uma possível oportunidade - disse Nixon.

Pico passou por uma situação diferente. Depois de deixar o Grêmio e defender Chapecoense e Novo Hamburgo, ficou desempregado em abril deste ano. Diante do quadro, decidiu correr atrás e viajou de ônibus de Porto Alegre para o Rio de Janeiro para tentar um contato com Luxemburgo, que havia sido seu técnico no Grêmio.

Ainda em busca de uma melhor forma física, pediu uma chance ao treinador, que aceitou. Depois de emagrecer 14kg, Pico espera que o Flamengo decida usar a cláusula de renovação automática de seu contrato por mais dois anos. O gol marcado sobre a Chapecoense deve ajudar, assim como o cruzamento para o gol de Nixon, o segundo do time.

- Corri para abraçar meu filho (Pedro). Não consegui, mas encontrei meu compadre. Meus pais ficam longe e fico feliz por ele estar aqui - comentou Pico, que foi pai pela segunda vez recentemente, de Gabriel.

Contra o Atlético-MG, quarta-feira, Pico ficará apenas na torcida, já que foi contratado depois do fim das inscrições para a Copa do Brasil. De longe, espera ver o time conquistar a classificação para a final da competição.

- Queria estar lá com meus companheiros, mas pelo menos estou ajudando no Campeonato Brasileiro, crescendo e ganhando oportunidade com o Vanderlei. Foi uma boa atuação, quero crescer aqui dentro. Consegui acertar um bom chute e tive minha parcela para ajudar a equipe - disse Pico, que completa 26 anos na terça-feira.


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