quinta-feira, 26 de março de 2015

Presidente do Fla apoia Luxa após punição e não crê em má fé da Ferj

Eduardo Bandeira de Mello (Foto: Reprodução do SporTV)
A falta de entendimento entre o Flamengo e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) ganhou mais um capítulo nessa quarta-feira. Por conta de novas críticas à entidade, Vanderlei Luxemburgo foi suspenso preventivamente pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RJ) e só conseguiu comandar o time rubro-negro à beira do campo no duelo contra o Bangu, vencido por 2 a 1, devido a uma liminar obtida logo em seguida. O julgamento do caso está marcado para a próxima segunda-feira.

Em entrevista coletiva na terça-feira, no Ninho do Urubu, o técnico do Fla bradou contra o regulamento do Carioca, que restringe o número de inscritos e não permitiu a convocação de mais jovens da base diante dos muitos desfalques rubro-negros. Em determinado momento, disse que a imprensa deveria "dar porrada na federação", no sentido de criticá-la. O TJD, por sua vez, interpretou no sentido literal e considerou incitação a violência.

Apesar de reafirmar que o Flamengo está rompido com a Ferj por conta de outros desentendimentos recentes, o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, evitou nova polêmica e focou apenas em defender Luxemburgo. Ele acha que o técnico não receberá outra punição na segunda-feira.

- Ele foi mal interpretado. Não quis ofender, muito menos incitar a violência. Nós agimos corretamente, recorremos e esperamos que isso seja esclarecido, que todo mundo entenda que ninguém no Flamengo incita a violência nem faz qualquer tipo de propagando de ações como essa. Então, acho que tudo vai terminar bem.

Questionado se acredita em má fé da Ferj na punição a Luxa pelo histórico recente da relação entre clube e federação, Bandeira respondeu de forma negativa.

- Prefiro acreditar que não. Vamos acreditar que tenha sido simplesmente uma interpretação literal de uma frase em que ele obviamente quis usar o sentido figurado.

Vanderlei, por sua vez, falou sobre a acusação na coletiva pós-jogo contra o Bangu e se manteve em linha de tiro contra a Ferj.

- Não tiro uma vírgula do que falei. Quando falei em dar porrada, é impossível. Lá é parede. Foi uma interpretação totalmente mal intencionada, tendenciosa. Alguma coisa aconteceu. Quando falo dar porrada, é criticar o procedimento. A ditadura acabou, a constituição mostra isso aí. Briguei demais como estudante por isso. Não é para dar porrada em ninguém. O torcedor do Flamengo está de parabéns, torce junto com rivais, e quero deixar claro que falei porrada no sentido figurado. Quem está em cargo público, tem que saber que vai ser cobrado. Não ofendi ninguém, não falei nada ofensivo, e vou continuar falando o que tiver que falar para colaborar com minha profissão. Futebol tem um linguajar nosso, não tem como mudar. Se interpretar como no dicionário, estamos roubados.

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