quarta-feira, 10 de junho de 2015

Depois de Walter, preparador treina "gordinho" Pico e pede performance

Anderson Pico chegou ao Flamengo bem acima do peso, em 2014. A contratação foi avalizada por Vanderlei Luxemburgo, que aceitou o pedido de uma "chance" feito pelo lateral-esquerdo, seu jogador nos tempos de Grêmio. Emagreceu, ganhou espaço e a concorrência com João Paulo, dispensado após o fim da temporada. Às vezes dá impressão de que está mais gordinho, ora parece enxuto. Oscila fisicamente, como também alternou bons e maus momentos tecnicamente. Em 2015, por exemplo, não está bem. O preparador físico Rodrigo Poletto, recém-chegado ao clube, está acostumado com a situação. No Fluminense, treinou ninguém menos do que Walter, o "gordinho mais famoso do Brasil" que atualmente defende o Atlético-PR. E garante: o peso, sob sua ótica e em limites aceitáveis, é o fator menos importante.

montagem Anderson Pico e Walter (Foto: Montagem sobre foto de Divulgação) 
Preparador físico já trabalhou com Walter no Fluminense antes de Pico no Fla (Foto: Montagem sobre foto de Divulgação)

- O próprio Walter, quando não jogava no Fluminense, parecia que estava com 200 kg. Agora no Atlético-PR está jogando para caramba. O que aconteceu? Emagreceu? Acontece é que ele está bem, jogando numa equipe em que teve espaço. No Fluminense, não tinha tanto espaço, porque tinha o Fred na posição dele. Talvez o Pico seja só isso, porque precisa de uma sequência. Não posso dizer (como Pico está tecnicamente), porque chegamos agora. Quando não joga, para a torcida, está sempre gordo. Do Walter, a gente não pôde falar nada. Ele participava de todos os jogos, mas às vezes dá certo num lugar e não dá noutro. O que temos de cobrar é performance - garantiu.

Rodrigo Poletto preparador físico Flamengo (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)Poletto não se incomoda com o porte físico de Anderson Pico, atleta que acompanha desde a época do Juventude, de Caxias do Sul, terra natal do preparador. Mas insiste: é preciso atuar bem, entregando-se nos treinos físicos e técnicos.

- Acompanhava o Pico no Juventude, no Grêmio. Tem muita qualidade, força. Claro que tem problema do peso, mas estamos sempre controlando, como fazíamos com o Walter também. Vamos falar para o Pico o que sempre falamos para o Walter: o que a gente cobra é performance. Quem tiver melhor, vai jogar. Se estiver excelente, vai jogar - prosseguiu.

Dizer que a questão do peso é secundária em relação aos resultados mostrados em campo, todavia, não significa deixá-lo totalmente à vontade com seu biotipo. O responsável pela preparação física do Flamengo promete ficar em cima do atleta, sim.

- Ele tem um percentual mais elevado do que outros. Não vou passar números para ti, cada um tem seu biotipo. Como a gente nunca passou no caso do Walter, não faremos aqui, pois é questão pessoal. Buscamos sempre chegar o mais próximo do que vemos ideal para um atleta. Onde vamos cobrar? Se ele não estiver conseguindo cumprir as atividades, vai ter que fazer mais complemento. Se cumprir o que a gente quer e participar durante os 90 minutos, ok. Mas vamos cobrar em cima - garantiu.

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