segunda-feira, 8 de junho de 2015

Gabriel mira evolução e mata no peito altos e baixos no Flamengo: "Culpa é minha"


Gabriel comemora gol, observado por Cirino e Luiz Antonio (Foto: Gilvan de Souza/Fla Imagem)
Gabriel está por cima. Marcou o gol rubro-negro na vitória por 1 a 0 sobre a Chapecoense, no sábado. Mas já viveu muitos momentos ruins na gangorra da Gávea. Trata isso como situação comum a qualquer jogador, embora reconheça que a expectativa colocada em seus ombros desde 2013, quando contratado do Bahia, exija mais. Em vez de se incomodar quando confrontado a respeito dessa inconstância, bate no peito e admite que precisa crescer. E tem fé nisso.

- A expectativa (no seu futebol) é grande, isso é verdade. Tem várias situações, mas procuro não falar. Prefiro trabalhar e viver cada momento. Procuro não culpar ninguém, a culpa é minha. É procurar melhor agora para dar uma sequência boa. Isso aí é normal com todo jogador. Dificilmente no Flamengo você não é aplaudido ou vaiado. Muita cobrança e, quando você vai mal, é vaiado. Quando vai bem, é aplaudido. Faz parte e agora é procurar dar sequência - projetou.

Sequência de bons jogos é exatamente o que o camisa 17 precisa. Em 2014, deu a impressão de que embalaria após feito gol aos 47 minutos do segundo tempo contra o Vasco, responsável pela vitória por 2 a 1, na Taça Guanabara. Já na Copa do Brasil, classificou o Fla nas quartas de final, marcando contra América-RN nas duas vitórias por 1 a 0, em Natal e no Rio. Na primeira partida da semi, contra o Atlético-MG, foi muito bem e fez jogada de craque em lance que proporcionou pênalti para Chicão bater. O Fla venceu por 2 a 0 e deu grande passo rumo à final. Gabriel, porém, machucou-se no jogo seguinte, contra a Chapecoense, ficou fora da partida de volta, cujo resultado foi de 4 a 1 para o adversário, e o Rubro-Negro acabou eliminado.

Está em sua terceira temporada no clube, com 117 jogos, dois títulos (Copa do Brasil 2013 e Carioca 2014) e 15 gols. Com a saída de Alecsandro, passou a ser o vice-artilheiro do elenco - Everton soma 19. Tirou seu time de uma situação mais difícil na rodada passada e, perguntado sobre em qual palavra pensou após o apito final, recorreu a uma extremamente identificada com Muricy Ramalho, maior vencedor do Brasileiro na era dos pontos corridos:

- Trabalho. A gente trabalha bastante, no dia a dia sabe o tanto do duro que a gente dá. Essa vitória foi para coroar o trabalho, acho que nada mais do que isso.

O alívio trazido pelo triunfo terá a companhia da tranquilidade nos próximos dias. O Flamengo só volta a campo no sábado, contra o Coritiba, fora de casa. E, no período até o próximo duelo, provavelmente reforços chegarão. Depois da Copa América, o peruano Guerrero é certo, e o nome do corintiano Elias também está cotado. A soma de atletas experientes ao grupo rubro-negro é considerada fundamental pelo meia, de 25 anos.

 
Gabriel, Maracanã, Flamengo (Foto: Fred Gomes)- São jogadores vencedores. Tem de procurar no dia a dia ver o que eles fazem para serem vencedores dessa forma e tentar copiá-los para ser um vencedor também - falou.

Numerosa no ano passado, "a república baiana" na Gávea havia sido reduzida pela metade após as saídas do lateral Léo e dos atacantes Hernane e Elton. Eram seis, passaram a ser só Gabriel, Nixon e Wallace. A contratação de Cristóvão Borges fez do grupo um quarteto. Soteropolitano como o treinador, o meia crê que a "baianidade" faz bem ao Flamengo, clube que já viveu grandes dias com Bebeto, Edilson, Obina e Júnior Baiano. No gol contra a Chape, aliás, comemorou - certamente sem reparar - com as batidinhas de perna que Bebeto eternizou.

- Flamengo costuma ter baianos, temos um bom grupo aí. Somos amigos, todos os outros jogadores também. Mas o baiano é alegre, e a gente procura trazer isso para cá - disse.

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