sexta-feira, 24 de julho de 2015

‘Vítima’ da camisa 10 rubro-negra, Carlos Eduardo pede paciência com Ederson: ‘É muito difícil jogar no Flamengo’

O Flamengo apresenta nesta sexta-feira, às 12h, na Gávea, o seu novo camisa 10. Ederson, que atua há dez anos na Europa, terá um desafio maior do que vestir a camisa que já foi de Zico. Aos 29 anos, o meia-atacante volta para se readaptar ao futebol brasileiro e chega sob desconfiança, após duas lesões graves, em 2010 e 2014. Circunstância semelhante a que o meia Carlos Eduardo chegou ao clube em 2013. Desde então, o clube deu a camisa 10 para apostas que nunca vingaram, como Gabriel e Lucas Mugni.

- Lesões complicam. Eu fiquei dois anos parado, voltei para o Brasil e senti muito. O pessoal do Flamengo tem que ter um pouco de paciência com ele, até pegar o ritmo demora um pouco mais, tem muitos anos na Europa. Tive com ele na seleção e torço para dar certo no Flamengo. Ele pode chegar e aos poucos, devagarinho, dar conta do recado – disse Cadu, em contato com o Extra da Rússia, onde voltou a defender o Rubin Kazan.

Ederson será apresentado, mas só deve treinar neste sábado, após exames médicos. O jogador teve problema muscular nas duas coxas, já curados. Na última temporada na Lazio, disputou apenas cinco partidas, por opção técnica. Mesmo tendo se declarado ao Flamengo em redes sociais e aceitado um salario abaixo do padrão europeu, Ederson vai enfrentar o imediatismo que Carlos Eduardo e outros sofreram.

- Não é só a dez, mas a camisa do Flamengo, o manto sagrado, a pressão é grande. Tenho culpa porque não me preparei direito para encarar isso. Se tivesse agora uma oportunidade, melhor tecnicamente, sem lesão, renderia melhor. É difícil jogar no Flamengo, muito difícil. A torcida quer ver título, vitória, a todo momento, sempre subindo, a pressão é muito grande. Mas foi uma escola para mim, aprendi muito – avalia Carlos Eduardo.

Para o meia, que conviveu com Ederson na seleção brasileira sob o comando de Mano Menezes, o novo reforço precisará readquirir a confiança para desempenhar o melhor futebol.

- Ele é um jogador diferente, vai se acostumar, se entrosar no dia a dia, pegar confiança, isso é o mais importante para o jogador. Se ele chegar e aos poucos tiver a confiança do treinador, dos jogadores, aos poucos vai conquistar a torcida e a tendência é crescer cada vez mais – prevê Cadu, resumindo com a frase de Ronaldinho Gaúcho, o último grande camisa 10, o que espera o novo contratado.

- Flamengo é Flamengo. A nação gosta de vitória, de brigar por títulos, um grande clube como o Flamengo tem que viver disso, grandes jogadores tem que sentir isso, tem que jogar e sentir a pressão, as vezes é bom e as vezes é complicado, ruim. Já estive com o Ederson na seleção e espero que ele consiga dar o máximo e dar alegrias a torcida do Flamengo. Essa torcida merece tudo de bom – finalizou o jogador.

O Flamengo ainda tem como meias Alan Patrick, Almir e Arthur Maia. Todos subaproveitados.

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