sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Cristóvão se anima com Flamengo: "Estamos próximos de jogar como eu sonho"


Cristóvão Borges foi vaiado no Maracanã após Anderson Daronco apitar o final do empate por 2 a 2 com o Santos, no sábado. Apesar dos protestos, o tropeço não tira o sono do treinador, que viu um Flamengo "dos sonhos" nos 45 minutos iniciais. Foi além: segundo ele, poucas equipes atingiram em 2015 o nível apresentado pelo Rubro-Negro na etapa inicial do duelo com o Peixe.

- Fisicamente o time está em 100%, estamos próximos de jogar como eu sonho. Qual é meu sonho? É jogar como no primeiro tempo do jogo contra o Santos. No segundo tempo, tomamos gol logo no começo e demos vida para o adversário. Se não tivesse acontecido (o gol), nada disso aconteceria, as críticas não viriam e ficaria tudo bem. Foi um primeiro tempo como pouco vi nessa temporada no Brasil, com intensidade. No segundo tempo, perdemos muito mais chances do que no primeiro. São coisas do jogo. Temos que manter isso no maior tempo da partida. Mas foi um jogo que a equipe foi bem - avaliou.

Cristóvão Borges comanda treino do Flamengo nesta quinta-feira (Foto: Gilvan de Souza/ Fla Imagem) 
Cristóvão Borges comanda treino do Flamengo nesta quinta-feira (Foto: Gilvan de Souza/ Fla Imagem)


Nesta sexta-feira, após treino no Ninho do Urubu, Cristóvão ainda comemorou a iminente chegada de Kayke, atacante formado nas divisões de base do Flamengo e que deixa o ABC na condição de vice-artilheiro da Série B.

- Kayke é uma possibilidade bem encaminhada e interessante, porque temos só o Guerrero (de centroavante). Sem o Guerrero, a gente troca a maneira de jogar. Com outro jogador da posição, mantemos a maneira de jogar e isso nos dá equilíbrio.

Se não precisa mais improvisar centroavantes, como fez com Marcelo Cirino diante do Corinthians, Cristóvão também não trabalha com necessidade de se colocar curingas nas laterais. Luiz Antonio, por exemplo, volta a trabalhar apenas no meio. Agora com cinco laterais de ofício (dois direitos e três esquerdos), também celebra o fato de não precisar inverter o flanco de Pará. No entanto, é bom destacar que quando o deslocou o último para a esquerda, o treinador o fez por ter barrado Anderson Pico e não por ausência de atletas para o setor.

- Luiz Antonio agora só está treinando no meio-campo. Quando cheguei o grupo era menor. Jogamos partidas com muita improvisações. Estou louco para dar oportunidades para eles em suas posições. O Pará também jogou improvisado (de lateral-esquerdo por quatro jogos, contra Cruzeiro, Chapecoense, Coritiba e Atlético-MG) e ajudou muito fora da posição.

Confira outros temas abordados pelo treinador:

Duelo com o Vasco na Copa do Brasil

Jogar clássico é bom, motivador. É um jogo de grande apelo que mostra que competição vai ficando cada vez mais difícil e vai testando suas condições de ganhar o titulo.

Por que Samir não vem jogando?

Vocês são fogo. Não deixou de ser um jogador que tem potencial, mas onde vou colocá-lo num time que vinha de três jogos sem tomar gols antes do jogo com o Santos e jogando bem?

Falta de ritmo de Paulo Victor contra o Santos

Natural do jogador, independentemente da lesão. Algo se perde. Estava apto a jogar, vínhamos monitorando dia a dia, e ele está voltando de lesão. É a mesma coisa que fazemos com o Jonas. Dia a dia. Tem controle de treinamento, carga. Está tudo dentro do padrão.

Como fica a cabeça de Douglas Baggio com a chegada de Kayke?

Ele sabe que o momento dele vai chegar, assim como foi o Jorge. Contra o Vasco, usei um time em que não coloquei o Jorge. Vivíamos uma pressão enorme de ganhar, e como eu colocaria o menino? Não é prudente. Colocamos o jogador sem pressão. Teremos datas sem o Guerrero, e vão falar que tem que colocar o Baggio. Aí, ele vai ser cobrado pelo que o Guerrero faz.

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